A 1.ª edição do Prémio de Poesia Nuno Júdice, no valor de 1.500 euros, distinguiu, por unanimidade, Carla Louro, com o original “Entra-se na Casa pelo Pátio”, foi hoje anunciado.
A obra será publicada pelas Publicações Dom Quixote em março do próximo ano e foi a escolhida entre os 222 títulos que se candidataram.
Carla Louro concorreu sob o pseudónimo de Clara Fazenda e “conquistou, por unanimidade do júri, o prémio criado pela Dom Quixote, no âmbito dos 60 anos da editora, com o intuito de prestar homenagem a um dos mais destacados poetas de língua portuguesa”, afirmou a editora do Grupo LeYa.
O nome da vencedora foi hoje conhecido, na livraria Buchholz, em Lisboa.
Segundo o júri, presidido pela poeta e editora Maria do Rosário Pedreira, este é “um livro íntimo, feminino e muito emotivo, embora nunca sentimental, bem como de uma poesia clara, mas não simplista”.
Para o júri, constituído ainda por Cecília Andrade, editora das Publicações D. Quixote e dos livros de Nuno Júdice (1949-2024), e por Ricardo Marques, Filipa Leal e Sandra Mendes, “é importante referir que o texto [de Carla Louro] é de uma extraordinária contenção, sobretudo tendo em conta a sua grande profundidade”.
O júri destacou a originalidade do livro, “onde não faltam analogias e metáforas aparentemente simples, mas que se revelam inesquecíveis e fulgurantes”. Entre elas, “sobressaem as que se relacionam com as linhas, que tão depressa são as linhas do poema ou as linhas dos cadernos em que se escreve como são as linhas de coser”.
Carla Louro nasceu em Santarém em 1969. É licenciada em Arquitetura pela Universidade Lusíada, e trabalha, atualmente, no município de Abrantes.
Entre os seus poetas de eleição estão Nuno Júdice, Ana Luísa Amaral e Adília Lopes.
Há sete anos que Carla Louro pensava reunir os seus poemas num livro, mas só se decidiu a fazê-lo ao ter conhecimento do Prémio de Poesia Nuno Júdice. “Entra-se na Casa pelo Pátio” marca, assim, a estreia literária de Carla Louro.
O Prémio Nuno Júdice, destinado a livros inéditos, tem por objetivo “dar à poesia a importância que merece, e homenagear Nuno Júdice”, anunciou a editora, aquando do anúncio do galardão em março.
