O Tribunal de Instrução Criminal de Santarém decretou a prisão preventiva para um homem de 24 anos detido na quarta-feira, em Torres Novas, por indícios da prática dos crimes de roubo, falsificação de documentos e condução perigosa.

Em comunicado, a Procuradoria do Ministério Público (MP) da Comarca de Santarém afirma que o homem foi detido na sequência de mandados de detenção que abrangeram ainda um jovem de 17 anos, ao qual foi aplicada a medida de coação de obrigação de apresentação diária em posto policial e proibição de contactos com o seu companheiro de crimes e com os ofendidos, tendo ambos prestado termo de identidade e residência.

Os dois estão indiciados pela prática, em co-autoria material e concurso real, de um crime de roubo simples, três crimes de roubo agravado, três crimes de falsificação de documento e, o mais velho, também por um crime de condução perigosa, afirma a nota.

Segundo o comando territorial de Santarém da GNR, as detenções ocorreram no âmbito de uma investigação por roubos por esticão a idosos praticados nos concelhos de Torres Novas e de Tomar, que decorria há cerca de três meses.

“Os militares apuraram que os suspeitos abordavam as vítimas na via pública, arrancando com violência peças de ouro ou outros bens que tivessem na sua posse”, afirma um comunicado da Guarda Nacional Republicana.

Na sequência de duas buscas domiciliárias e três em veículos, a GNR apreendeu 480 euros em numerário, 23 artigos em ouro e três telemóveis, acrescenta a nota.

O detido mais velho, que tem antecedentes criminais, vivia com uma companheira e o filho de ambos, de tenra idade, “mas não tem uma actividade estável de obtenção de rendimentos lícitos”, enquanto o mais novo vive com os pais, frequenta o 8.º ano num curso profissional e não tem antecedentes criminais, afirma o comunicado do Ministério Público.

O MP pediu a aplicação da medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, para o arguido com antecedentes criminais, alegando a existência de perigo de fuga, “tendo em conta a possível revogação de penas de prisão suspensa” a que fora condenado anteriormente, tendo o detido sido encaminhado para o estabelecimento prisional de Torres Novas.

Para o mais novo, para o qual não foi evidenciado o perigo de fuga, e tendo em conta a sua inserção familiar e escolar, “ilustrada pela presença dos pais no interrogatório”, o Ministério Público pediu a aplicação da medida de obrigação de permanência em habitação, mas o juiz de instrução decretou a obrigação de apresentação diária em posto policial e proibição de contactos com o seu companheiro de crimes e com os ofendidos, acrescenta.

O inquérito prosseguirá na secção de Torres Novas do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Santarém, com a investigação delegada na Guarda Nacional Republicana.

Na operação que levou à detenção dos suspeitos participaram efectivos dos destacamentos territorial e de intervenção de Santarém e da Polícia de Segurança Pública, afirma a nota da GNR.

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