O Tribunal Judicial de Setúbal decretou a prisão preventiva de três das oito pessoas detidas esta semana por falsificação de documentos, burlas e outros crimes, nos distritos de Aveiro, Santarém, Lisboa, Setúbal e Portalegre, divulgou a GNR.

Fonte da Guarda Nacional Republicana (GNR) indicou à agência Lusa que o tribunal determinou a prisão preventiva, a medida de coação mais grave, de três homens, após o interrogatório, na quinta-feira.

Outros quatro suspeitos, dois homens e duas mulheres, também detidos na terça-feira, durante a operação da GNR, dois ficaram sujeitos a apresentações diárias e os outros dois a apresentações quinzenais na força de segurança da área de residência, de acordo com a fonte da guarda.

O oitavo suspeito, que tinha na sua posse uma arma, foi posto em liberdade na terça-feira e ficou a aguardar o desenvolvimento do inquérito.

Em comunicado, enviado à Lusa na quarta-feira, o Comando Territorial de Setúbal da GNR referiu que os suspeitos, seis homens e duas mulheres, com idades entre os 22 e os 69 anos, alguns com antecedentes criminais por homicídio com arma de fogo, foram detidos no dia anterior na sequência de uma investigação que decorria há cerca de dois anos pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Grândola.

“Foi possível apurar a existência de uma rede que se dedicava à prática reiterada de crimes de falsificação de documentos, burlas a particulares para obtenção de viaturas e burlas a entidades bancárias tendo em vista a obtenção de créditos, bem como furtos e roubos” nos cinco distritos, explicou a guarda.

Segundo a GNR, o grupo falsificava diversos documentos, como comprovativos de transacções bancárias, recibos de vencimento, documentos de serviços de finanças e cheques bancários, entre outros, “permitindo que fossem ‘adquiridos’ veículos a pessoas particulares ou ‘adquiridos’ créditos bancários”.

O “esquema”, de acordo com a guarda, “por diversas vezes, resultava, posteriormente, em furtos ou roubos, nos casos em que as vítimas ofereciam resistência”.

Durante a operação, foram efectuadas buscas domiciliárias, em garagens e em veículos, tendo sido apreendida documentação falsificada e carimbos, cinco computadores e diverso material informático e de impressão, 2.880 euros em numerário, três veículos, 12 telemóveis, uma espingarda caçadeira, uma pressão de ar e vários artigos em ouro.

Ainda segundo a GNR, alguns dos arguidos têm antecedentes criminais por homicídio com arma de fogo, roubos com arma de fogo, burla qualificada, falsificação de documentos, furto qualificado e viciação de veículos.

Na operação estiveram envolvidos um total de 150 efectivos dos NIC dos comandos territoriais de Setúbal e Portalegre, Grupo de Intervenção de Operações Especiais da Unidade de Intervenção da GNR, destacamentos de intervenção dos comandos territoriais de Setúbal, Santarém e Portalegre e ainda da Policia de Segurança Pública.

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