Vários professores do Agrupamento de Escolas Dr. Ginestal Machado concentraram-se hoje em frente à escola sede em protesto contra as propostas de alteração aos concursos e para exigir respostas a problemas antigos que atingem a carreira docente.
Muitos alunos da escola solidarizaram-se com esta manifestação, neste que foi o quarto dia de greve por tempo indeterminado convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P.).
O sindicato, que representa cerca de 1.300 docentes, refere que a “forma de luta inédita”, que resulta de uma sondagem realizada no blogue ArLindo, em que 1.720 pessoas apoiaram a realização de uma greve por tempo indeterminado.
Entre as principais reivindicações, o S.TO.P. aponta “questões fundamentais do passado não resolvidas”, defendendo, desde logo, a contabilização de todo o tempo de serviço, o fim das vagas de acesso aos 5.º e 7.º escalões e a possibilidade de aposentação sem penalização após 36 anos de serviço.
Critica também as alterações recentes ao regime de mobilidade por doença, as ultrapassagens na progressão da carreira docente e reivindica soluções para os professores em monodocência e uma avaliação sem quotas.
A greve é igualmente uma resposta às propostas do Ministério da Educação para a revisão do regime de recrutamento e mobilidade do pessoal docente, que está a ser negociada entre a tutela e os sindicatos do sector.