O proTejo – Movimento pelo Tejo disse estar expectante com as garantias do ministro do Ambiente e da Ação Climática de que a emergência no caudal do Tejo “está ultrapassada” e que as negociações com Espanha estão encaminhadas.

Em declarações à TSF, o ministro João Matos Fernandes disse hoje que a evolução do caudal do Tejo está a ser favorável, sublinhando que no domingo já tinha chegado à quota 114.

Por esse motivo, o governante ressalvou assegurou que a “emergência” no caudal do Tejo “está ultrapassada” e adiantou que terá oportunidade de falar sobre o assunto com a ministra da Transição Ecológica espanhola, Teresa Ribera, na quarta-feira, no Conselho de Ministros em Bruxelas.

O ministro disse ainda que o Governo espanhol prometeu resolver o quase esvaziamento da barragem de Cedillo até 15 de Dezembro.

Em declarações esta tarde à agência Lusa, o porta-voz da proTejo Paulo Constantino disse que, após ouvir estas garantias de João Matos Fernandes, o movimento está expectante em relação ao desenvolvimento das negociações com Espanha.

“Toda a boa sorte para que efectivamente o senhor ministro faça uma boa negociação e chegue a um bom entendimento com Espanha”, sublinhou.

No entanto, o movimento expressou algumas preocupações e pretensões relativamente ao acordo com Espanha e à Convenção de Albufeira e, ainda, à indemnização a pagar às autarquias afectadas pela barragem de Cedillo (Castelo Branco, Nisa e Vila Velha de Ródão).

“O que o movimento proTejo espera é que relativamente à situação do Alto Tejo, em que foram repostos os níveis da barragem de Cedillo, sejam feitas as compensações necessárias dos impactos ambientais que existiram e também as indemnizações em termos dos impactos económicos e sociais”, defendeu.

Paulo Constantino referiu que o proTejo pretende que a revisão da Convenção de Albufeira inclua uma revisão dos caudais em vigor e dos que estão previstos.

“O escoamento médio anual dos últimos oito anos foi muito superior àquilo que é o caudal que está na Convenção de Albufeira. É mais do dobro desse caudal. Existem condições para existir um maior caudal nessa convenção e esse caudal seja distribuído ao longo do ano de uma forma mais regular”, sublinhou.

O porta-voz do movimento considerou ainda que o acordo com Espanha será possível “desde que haja boa vontade entre as partes” e defendeu a necessidade de existir uma gestão partilhada das reservas de água.

Nas declarações que fez à TSF, João Matos Fernandes adiantou que o Governo está a trabalhar com as autarquias afectadas pela barragem de Cedillo para que os prejuízos causados nas estruturas locais sejam “rapidamente repostos ou financiados pela Agência Portuguesa do Ambiente”.

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