A construção da residência para estudantes da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, orçada em 1,6 milhões de euros, deverá arrancar até ao final do ano e criar, no próximo ano lectivo, 100 camas para alunos.
“[A obra] deverá ser lançada durante o último trimestre deste ano e ter um prazo de construção de nove meses, para poder entrar em funcionamento no início do próximo ano lectivo”, disse hoje à agência Lusa João Moutão, um dos dois vice-presidentes do Instituto Politécnico de Santarém, que integra a Escola Superior de Desporto de Rio Maior (ESDRM).
Segundo João Moutão, a residência terá “capacidade para 100 camas”, número que “vai permitir dar resposta às dificuldades de alojamento, sobretudo dos alunos abrangidos pela acção social”.
A falta de uma residência para estudantes “tem levado a que, anualmente, mais de uma centena de alunos abandonem o curso alegando dificuldades em pagar alojamento” na cidade de Rio Maior, onde a procura “fez disparar os preços das casas”, explicou.
O equipamento, que já estava previsto desde o arranque da escola, em 1998, foi “sucessivamente adiado”, até ter sido, em Fevereiro deste ano, integrada na primeira fase do Plano de Intervenção para a Requalificação e Construção de Residências de Estudantes.
O projecto, um edifício com três andares, vai ser implementado no campus da ESDRM, numa área de mais de dois mil metros quadrados.
“Estamos em fase de negociação do financiamento, que esperamos que seja célere, para permitir lançar a obra ter a residência a funcionar no próximo ano lectivo”, afirmou o vice-presidente do instituto.
De acordo com um comunicado do Politécnico de Santarém, a construção da residência foi um compromisso assumido pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, “considerando que a maior parte da cerca de 1.000 estudante desta escola são oriundos de outras regiões do país, necessitando, por isso, de residir nesta cidade para concluir os seus estudos”.
Para João Moutão, o facto de não existir nenhuma residência para alunos no concelho de Rio Maior “coloca os estudantes mais carenciados em situação de desigualdade, fazendo com que muitos desistam dos seus estudos”, tanto mais que, “mesmo aqueles que residem no distrito, ou nos distritos vizinhos, são mal servidos de transportes e não conseguem deslocar-se diariamente para a escola”.
A ESDRM abriu portas em Setembro de 1998, em instalações provisórias cedidas pela Câmara de Rio Maior, utilizando as estruturas desportivas da cidade.
Em Fevereiro de 2013 mudou para instalações próprias, nas quais ministra cursos superiores e mestrados na área do desporto.