A promoção da cultura da Couve de Valhascos, “produto endógeno diferenciador”, e a manutenção da tradição são objetivos da Festa da Couve e do Azeite Novo, que a freguesia de Valhascos, em Sardoal, acolhe este fim de semana.

“Este festival gastronómico pretende valorizar a Couve de Valhascos, um produto local que se distingue pelo tamanho, cor, sabor e pela forma como se desenvolve apenas neste território”, destacou à Lusa César Marques, dirigente da Associação Cultural e Desportiva de Valhascos, organizadora do evento.

Atribuindo as características da hortícola ao “microclima” daquela freguesia do distrito de Santarém, o responsável explicou que a couve de Valhascos “é cultivada há décadas nas hortas da freguesia, beneficiando de um microclima único e de solos férteis”.

Condições que, acrescentou, conferem à hortícola “características exclusivas, como folhas de grande porte, repolho central compacto e textura suculenta”, tornando-a indispensável nas mesas natalícias e acompanhando pratos típicos da região.

Ainda segundo César Marques, o festival integra uma “estratégia de promoção do produto” e da tradição agrícola local, “incentivando novos produtores” a manter a cultura viva.

A festa abre no sábado, às 19h00, estando previsto o Jantar da Couve de Valhascos com Azeite Novo, preparado pelo ‘chef’ José Fernandes.

A ementa inclui sopa de couve à camponesa, bacalhau com couve de Valhascos, azeite e alho, perna de porco estufada com couve e sobremesas típicas da região, numa noite em que também haverá música ao vivo.

No domingo, pelas 16h00, irá decorrer o Magusto de São Martinho, seguido da atuação do grupo de concertinas Terra da Couve de Valhascos.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Sardoal, Pedro Rosa, lembrou que, apesar de atualmente a produção não ter grande expressão económica, “no passado Valhascos foi um importante fornecedor de sementes” desta hortícola, tendo o município intenção de certificar o produto.

“Estamos a trabalhar para certificar o produto e estimular novos produtores, incentivando a expansão da produção e garantindo que esta tradição agrícola se mantenha viva, reforçando também o papel do azeite de Valhascos, com características próprias e de elevada qualidade”, afirmou Pedro Rosa.

Para o futuro, a organização vê o festival com “potencial de crescimento” e, de acordo com César Marques, a iniciativa poderá evoluir para cinco dias, alargando a participação da comunidade e de visitantes e reforçando a presença de novos produtores.

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