Pedro Mendonça, candidato à presidência da Câmara Municipal de Santarém, pela Coligação Santarém Cidadã LIVRE – BE, apresentou a sua candidatura autárquica na passada sexta-feira (dia 12), na Sala de Leitura Bernardo Santareno.
“Uma terra com futuro, onde seja possível sonhar e ter uma vida melhor”, serviu de mote à apresentação do candidato.
Pedro Mendonça é o rosto mais visível da Coligação Santarém Cidadã, firmada entre os partidos LIVRE e Bloco de Esquerda, e que se caracteriza como “uma lista de vontades, que junta independentes e pessoas dos dois partidos, mas que se uniram numa só causa”, refere o próprio candidato.
Durante o elencar das várias propostas eleitorais, anunciadas pelo movimento político, destaca-se a habitação, a sua principal prioridade.
“Sem habitação não há futuro onde as pessoas possam viver. É nossa prioridade gastar pelo menos seis milhões de euros em habitação”, assegura Pedro Mendonça.
A criação de uma rede pública de creches, o apoio a associações que defendam as camadas populacionais excluídas da sociedade, a fomentação de eventos de sensibilização, espaços e programas públicos de apoio a sobreviventes de violência doméstica, a defesa do portal da transparência e a formação de conselhos consultivos onde “vizinhos e vizinhas possam debater e propor soluções aos eleitos locais”, foram outras das medidas anunciadas durante a apresentação política.
Outra das bandeiras políticas da Coligação Santarém Cidadã, reside na questão das alterações climáticas e dos meios de transporte urbanos, com destaque para a criação de uma rede ciclável e urbana e a elaboração de um plano municipal de arborização.
“Santarém é uma das cidades mais quentes de Portugal. É imperativo inventariar e estudar zonas que permitam a criação de um plano municipal de arborização, estabelecendo objectivos específicos e calendarizados para a manutenção e extensão destes espaços, quer urbanos, quer rurais”, defende Pedro Mendonça.
Relativamente à área da cultura, o candidato propõe a construção de um museu municipal “com uma museologia moderna” e que “mostre a verdadeira história e identidade escalabitana”, de uma biblioteca municipal “que responda às novas exigências” e de uma sala de espectáculos, com cerca de 500 lugares e “que possa acolher espectáculos mais exigentes”, anuncia.
A apresentação contou também com um momento cultural, proporcionado por Clara Curado (Violoncelo) e Margarida Martins (Violino).
Para além de Pedro Mendonça, estiveram presentes Jéssica Vassalo (candidata à Assembleia Municipal de Santarém); Fabian Figueiredo (Membro da Comissão Política do Bloco de Esquerda) e Rui Tavares (Porta-Voz Nacional do LIVRE).
A candidata à Assembleia Municipal de Santarém criticou a construção excessiva de supermercados na cidade “que retiram viabilidade ao comércio local”, considerando ainda que “Santarém precisa de mais cultura, mais habitação e mais futuro”.
Já Fabian Figueiredo destaca a importância da cidade para a política nacional, afirmando que Santarém “foi o caminho que abriu portas ao 25 de Abril e à democratização do país”, uma ideia partilhada por Rui Tavares que salienta também que esta é uma região “que tem muitas vezes sido barómetro de grandes mudanças políticas no país”, concluiu.
No dia 12 de Outubro, o concelho de Santarém vai a votos.
