O livro “O Poeta Só” marca a estreia literária de José Alberto Maia Pereira. Nascido a 27 de Junho de 1961, em Almeirim, onde reside, o autor, que passou pelo sector da banca, é especialista em estratégia, marketing e PME. Doutorado em gestão, o professor universitário, investigador, formador, consultor, conferencista, jornalista, poeta, escritor, melómano, radialista, fotógrafo e DJ está ligado há vários anos ao movimento Rotário e gosta de se definir como “português, ribatejano, cidadão do mundo e portista”.
Como é que gosta de se definir?
Procuro definir-me como pensador, sinto- me um humanista, sou católico, rotário, empreendedor, inovador, networker, descobridor.
Mas, acima disto tudo, sou um aprendiz da vida no mundo em que habito, sempre em busca de conhecimento e luz, de uma forma pragmática, atenta e objectiva.
Em que altura da sua vida nasce para a poesia?
A poesia surgiu cedo na minha vida. Aos 10 ou 12 anos já escrevia pequenos poemas, que os meus Pais ainda hoje guardam religiosamente.
Fragmentos de vida, escape de emoções, a minha poesia é sobretudo pessoal, intimista, por vezes até naïve.
O que é que o inspira?
Parto sempre de mim, de alguém que me é próximo ou de algum acontecimento que me marcou para extrapolar a imaginação e espraiar a fantasia.
De que trata este livro, “O Poeta Só”?
Este livro, “O Poeta Só”, é a minha primeira experiência editorial, resultante do desafio de uma pessoa amiga que as circunstâncias levaram a não recusar. Inclui 170 poemas, todos escritos já no século XXI. Escrevo sempre melhor nos extremos: ou quando estou feliz e me sento ao computador a espraiar a imaginação, ou quando estou triste e desiludido e uso a escrita como desabafo para as minhas frustrações.
Escrevo muito depressa, no máximo cinco minutos por poema, e raramente corrijo o primeiro texto. O que sai é de dentro de mim, sou eu. Escrevo sempre a ouvir música, que me enleva e me conduz os pensamentos.
Que atitude tem perante a vida?
Sou positivo perante a vida, a sociedade e as pessoas. A injustiça e a desigualdade afectam-me fortemente, levam-me a tentar agir e ajudar. Acredito na Igreja dos Pobres e que Deus é Amor, qualquer que seja a língua ou credo em que o seu nome seja pronunciado. Acredito que a matemática e a música são linguagens universais, adoro a pintura de Turner e a fotografia de Salgado.
A música é a minha arte de eleição, sendo o jazz e a bossa-nova os meus géneros musicais favoritos. Miles Davis, que tive a felicidade de ainda conseguir ver ao vivo, Tom Jobim, Duke Ellington, Ivan Lins e Pat Metheny enchem-me as medidas, assim como não perco um bom concerto de big bands.
O que lhe dá prazer na vida?
Gosto de comer e beber bem, não muito, numa mesa de amigos, em conversas até tarde. Das poucas frases atribuídas a Salazar com que concordo é “Beber vinho dá de comer a um milhão de portugueses”. O vinho e a natureza são os nossos produtos de excelência, aclamados em todo o mundo.
Finalmente, ao fim de muitos anos a apostar nas obras públicas, Portugal focou-se no turismo e os resultados estão à vista. Acredito que temos das melhores competências do mundo e que as novas gerações estão cada vez melhores. E acredito, tal como muitos dos estrangeiros que nos procuram, que Portugal é um dos melhores países do mundo para se viver.
O que mais aprecia nas pessoas?
Gosto de conhecer pessoas, de as ajudar e de deixar uma marca positiva nas suas vidas. Uso as redes sociais para me manter próximo, quando a distância não o permite.
Não esqueço rostos, por vezes nomes. Tenho boa memória, para o bom e para o menos bom. Sou perspicaz, tenho bom raciocínio relacional e penso depressa. A minha actividade internacional leva-me a falar diversas línguas e sou um apaixonado do networking. Prefiro equipas a indivíduos, não gosto de prima-donas, sou humilde e gosto de aprender com quem sabe, sobretudo com aqueles que não têm formação escolar, mas têm a experiência de vida que me enriquece o conhecimento e a alma.