O surto de Covid-19 levou ao cancelamento, nas últimas horas, de 11 peregrinações já agendadas por grupos organizados junto do Departamento de Acolhimento de Peregrinos do Santuário de Fátima, informou a instituição.

Segundo Carmo Rodeia, directora do Gabinete de Comunicação do Santuário de Fátima, o cancelamento destas 11 peregrinações foi justificado “pela epidemia” “e com as dificuldades de mobilidade a partir dos países de origem”.

Foram canceladas cinco peregrinações em Março (três da Coreia do Sul e duas de Itália) três em Abril (dois grupos da Coreia do Sul e um do Brasil) e três peregrinações em maio (dois grupos da Coreia e um da Guatemala).

“O Santuário de Fátima está a ultimar um plano de contingência adequado às especificidades próprias dos eventos que aqui decorrem diariamente e, em cada momento, porá em prática as opções necessárias e adequadas. Neste momento, com a informação disponível, não está equacionada qualquer alteração ao programa oficial do santuário”, adiantou.

Aos peregrinos está a ser recomendado que, em caso de dúvida, devem ligar para a Linha Saúde 24. Na impossibilidade de o fazerem devem interpelar o corpo de vigilantes do santuário, que saberá os procedimentos a tomar.

Carmo Rodeia, na informação enviada à agência Lusa, assegurou que o Santuário de Fátima “acompanha a situação relacionada com a epidemia de Covid-19, ciente de que é um espaço onde chegam peregrinos de várias proveniências, incluindo dos locais afectados. As celebrações no Santuário têm decorrido com absoluta normalidade”. No domingo, a missa das 11:00 na Basílica da Santíssima Trindade esteve cheia, avançou.

O Santuário de Fátima desenvolveu já um conjunto de diligências enquadradas naquelas que são as orientações da autoridade nacional de saúde e, por iniciativa própria, no final da semana passada, adoptou um conjunto de procedimentos, como a colocação de dispensadores de solução alcoólica em todos os locais de acesso ao público, nomeadamente recepções das casas, postos de informação, casas de banho e postos de controlo de entradas e saídas dos funcionários. Foram também afixadas em diferentes locais as recomendações da Direção-Geral da Saúde, que estão disponíveis nos postos de atendimento aos peregrinos, nas línguas oficiais do santuário.

Foi também disponibilizada informação interna aos colaboradores sobre a epidemia de Covid-19 e os cuidados a terem no seu local de trabalho, “nomeadamente no que respeita às questões de segurança e etiqueta respiratória”.

O surto de Covid-19, detectado em Dezembro, na China, e que pode causar infecções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.000 mortos e infectou quase 90 mil pessoas em 67 países, incluindo duas em Portugal.Das pessoas infectadas, cerca de 45 mil recuperaram.

Além de 2.912 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.

Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infecção.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde confirmou os dois primeiros casos de infeção em Portugal, um homem de 60 anos e outro de 33, internados em hospitais do Porto.

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