Perante uma sala cheia, a Companhia do Chapitô, que apresentou, pela primeira vez em Santarém, “Hamlet”, a sua 36ª Criação Colectiva, propôs uma reflexão despretensiosa, satírica e cheia de humor sobre vários aspectos da realidade física e social.

Passada na Dinamarca, a tragédia shakespeariana conta a história de como o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai, Hamlet o Rei, assassinado por Cláudio, seu irmão, que o envenenou e em seguida tomou o trono, casando-se com a Rainha. Entre a loucura real e a loucura fingida, “Hamlet” explora temas como a traição, vingança, incesto, corrupção e moralidade.

Neste “Hamlet”, onde as gravatas ganharam vida e assumiram diferentes funções ao longo da acção, o enredo é transportado para a modernidade, fazendo uma analogia entre o outrora Reino da Dinamarca, onde tem lugar a peça original, e uma qualquer empresa multinacional dos tempos actuais. O público assistiu, “a convite da família Hamlet”, a três cerimónias que decorreram num só dia “O Funeral do Defunto, a ter lugar no Arquivo Morto; O Casamento da Viúva do Defunto, no Salão Nobre; A tomada de posse do Noivo da Viúva do Defunto, na Penthouse. E como entretenimento, uma leitura encenada e muito possivelmente um duelo, quem sabe mortal?!”

Nesta encenação, em que se desconstruiu o texto shakespeariano para pôr o público a pensar, não há atos de violência.

Esta nova criação colectiva da Companhia do Chapitô, a 36ª do seu repertório, explora o estilo de comédia visual e física que convida à imaginação do público e tem notabilizado este colectivo em palcos internacionais, reconhecido com uma série de prémios dentro e fora de portas.

Desde a sua formação em 1996, produziu 35 criações originais, apresentadas em Portugal e um pouco por todo o mundo: Alemanha, Argentina, Brasil, Cabo Verde, China, Colômbia, Costa Rica, Eslováquia, Espanha, E.U.A., Equador, Finlândia, França, Grécia, Irão, Itália, Noruega, Rússia, Suécia e Uruguai.

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