Natural de Santarém, Daniela Rosário é licenciada em Comunicação Social, possui uma Pós-Graduação em Ciências Documentais e é mestre em Desenvolvimento de Produtos de Turismo Cultural, pelo Instituto Politécnico de Tomar.

Lançou-se na aventura da escrita com a obra infantil “A borboleta Zulmira” (2013) e, desde aí, nunca mais parou. Seguiu-se a publicação do romance “O verdadeiro amor nunca morre” (2014), depois, um livro infantojuvenil designado “Assalto ao Museu dos Comboios” (2015) e “As aventuras da raposa Julieta – Na quinta” (2021). Daniela é, definitivamente, uma apaixonada pelas palavras, acredita que estas têm o poder de mudar o mundo e acaba de lançar mais uma obra: “Na tua teia”, uma história “que nos permite viajar, reflectir e onde o leitor opte por estar do lado da personagem que estiver, se vai surpreender”.

Em que altura da sua vida descobriu a vocação para a escrita?

Gosto de escrever desde que me lembro. A primeira vez que me aventurei a sério foi em 2013 quando publiquei “A borboleta Zulmira”.

O que inspirou esta sua obra, “Na tua teia”?

Eu sabia que queria escrever sobre um cenário de guerra. Sou uma acérrima leitora do género policial, o que contribuiu, claramente, para me inspirar também.

E suscitou-me a atenção o Mali, nomeadamente a Unidade de Protecção de Força Portuguesa que integra a MINUSMA – United Nations Multidimensional Integrated Stabilization Mission in Mali, uma missão de manutenção da paz das Nações Unidas.

Sabia também que a acção que ia despoletar toda a história teria lugar lá. Surgiu então a personagem do Tomás Botelho.

Outra coisa que queria era que a protagonista fosse uma jornalista, o que me fez criar a Rita Cortês. Depois, a história foi ganhando forma por si, apesar de ter em mente as mensagens que queria partilhar.

De que trata este livro?

“Na tua teia” conta a história de uma conceituada jornalista, Rita Cortês, que regressa a Lisboa para se encontrar com Tomás Botelho, antes deste partir numa nova missão para o Mali.

Tomás afirma ter uma história exclusiva sobre um crime cometido por portugueses em solo africano, sem desvendar mais nada.

Interessada no furo jornalístico, Rita, inicia a investigação pedindo ajuda ao velho amigo da família e Comandante da Polícia Judiciária de Lisboa, Filipe Caetano.

Apresentado pelo Comandante, a jornalista conhece António Galvão, um detective, do qual não tem uma primeira impressão positiva, mas que após uma saída a dois, acaba por se tornar num amigo. É mesmo através de um contacto deste que conseguirá no Mali aproximar-se um pouco da verdade daquilo que está a acontecer.

É uma história que nos permite viajar, reflectir e onde o leitor opte por estar do lado da personagem que estiver, se vai surpreender.

Um livro que não só tem o papel de nos entreter, mas também de mexer com as nossas crenças, os nossos dogmas.

Como é o seu processo criativo?

É um misto de inspiração, com pesquisa e amor. Muitas das vezes, tal como neste thriller que agora publico, o livro ganha vida por si e a história acontece.

O que representa para si a escrita?

Escrever é a minha forma nata de comunicar. Através da escrita e da ­acção é possível chegar às pessoas e passar as mensagens que queremos passar. Numa sociedade que atravessa problemas severos, um livro permite-nos esquecer tudo por momentos e fazer-nos sonhar.

Que livros é que o influenciaram como escritora?

Alguns…”A última estação” de Jay Parini e “Equador” de Miguel Sousa Tavares, “A rapariga do lago” do Charlie Donlea, são três bons exemplos.

Considera que um livro pode mudar uma vida?

Sim, sem dúvida. Há histórias que lidas em diferentes fases da vida, são sem dúvida um importante motor para nos fazer continuar e enfrentar as adversidades.

Tem outros projectos em carteira que gostaria de dar à estampa?

Alguns rabiscos e uma série televisa. Mas de momento, pretendo promover este trabalho, “Na tua teia”, que chega agora às livrarias.

Um título para o livro da sua vida?

A viagem.

Viagem?

Paris.

Música?

Cold Hurt.

Quais os seus hobbies preferidos?

Ler, viajar.

Se pudesse alterar um facto da história qual escolheria?

Invasão da Ucrânia.

Se um dia tivesse de entrar num filme que género preferiria?

Policial.

Acordo ortográfico. Sim ou não?

Sim.

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