Rui Marques Leitão, natural de Santarém, alcançou um marco histórico ao ser reeleito com 100% dos votos para o Conselho Executivo da FITEQ, como representante dos atletas. Este reconhecimento reflete a dedicação e o impacto do seu trabalho, que combina proximidade com os atletas, liderança global e uma visão estratégica para o crescimento do Teqball. Além disso, Rui é também uma figura central no projecto dos “Caixeiros” de Santarém, um dos clubes mais relevantes da modalidade a nível mundial.
Esta reeleição histórica com 100% dos votos destaca o reconhecimento do seu trabalho no Conselho Executivo da FITEQ. Como avalia este resultado e o que ele representa para si e para a comunidade de atletas?
Esta reeleição com 100% dos votos é um motivo de enorme orgulho e privilégio. Reflete o reconhecimento dos atletas pelo meu trabalho, pela dedicação que coloco na modalidade e na resolução dos problemas do Teqball e de cada atleta. Além disso, é motivo de satisfação ser um português, de Santarém, a ocupar um lugar no órgão máximo que dirige um desporto a nível mundial. É incrível a relação que tenho construído com os atletas, o respeito, o carinho e o reconhecimento que demonstram, mostrando diariamente a sua gratidão pelo que faço pelo Teqball e por cada um deles de forma apaixonada.
O seu envolvimento directo no circuito mundial, enquanto atleta e líder, tem sido apontado como uma das razões para a confiança que inspira nos jogadores. Como concilia estas funções e que impacto sente que isso tem na sua liderança?
Os atletas sempre me viram, antes de mais, como um deles, porque sou, acima de tudo, atleta. Apesar do cargo que ocupo no Conselho Executivo, abdico muitas vezes de privilégios e partilho com eles a estrada, as esperas nos aeroportos, os voos, as aventuras, os hotéis e as casas. Em cada evento, antes, durante e depois, estou sempre presente e disponível, o que me torna acessível e próximo. Essa simplicidade e compreensão criam uma ligação diária genuína. O facto de falar fluentemente quatro línguas também facilita as relações com atletas, clubes e federações, reforçando a proximidade e a eficácia na comunicação.
Foi o primeiro a receber o Prémio de Mérito e Excelência do Teqball. O que significa para si este reconhecimento e como tem contribuído para o crescimento da modalidade a nível global?
Receber o primeiro Prémio de Mérito e Excelência do Teqball foi um momento único e de grande orgulho. Para além da motivação que me trouxe, representou o reconhecimento não só pelo meu trabalho, mas também pelas minhas qualidades humanas, essenciais para este cargo. Este momento, ocorrido durante um Campeonato do Mundo e anunciado de forma inesperada numa conferência de imprensa com a presença de jornalistas de todo o mundo, foi extremamente emocionante e deixa-me com um sentimento de orgulho e responsabilidade. Foi um momento que jamais irei esquecer, ainda mais por ter recebido este galardão das mãos da estrela internacional de futebol Ronaldinho Gaúcho, o que tornou tudo ainda mais impactante e memorável.
O projecto dos Caixeiros de Santarém tem tido um papel fundamental no desenvolvimento do Teqball em Portugal. Quais os próximos passos e objectivos para o clube?
Os “Caixeiros” de Santarém são um exemplo claro de sucesso. Somos o clube mais relevante a nível nacional, um dos cinco maiores do mundo e dos mais dinâmicos e visíveis. Através do nosso trabalho, revitalizámos o clube e projectámos Santarém no mapa mundial da modalidade, acolhendo mais de 40 atletas de topo mundial nos últimos anos. Para além da vertente da competição, que é aquilo que nos traz mais visibilidade e notoriedade, damos grande importância à forte componente social e à parte lúdica e recreativa, proporcionando a prática desportiva e hábitos de vida saudável a todos de forma gratuita. O nosso objectivo é continuar a dar oportunidades aos nossos atletas de competirem internacionalmente, pois sabemos que isso é essencial para crescer e atingir novas metas.
O Teqball é uma modalidade em crescimento global. Que desafios e oportunidades vislumbra para o futuro da modalidade e para o seu trabalho no Conselho Executivo da FITEQ?
Enquanto membro do Conselho Executivo da FITEQ, os desafios são constantes e a responsabilidade é imensa, porque temos de lidar com várias instituições a nível mundial, com diversas organizações desportivas e governamentais, para além das mais de 150 federações existentes no mundo. A minha experiência no terreno, como atleta e gestor de clube, permite-me compreender as dificuldades e propor soluções práticas. Além disso, procuro estar próximo de todos os departamentos da FITEQ, partilhando a minha experiência e fortalecendo o trabalho em equipa. Quero contribuir com novas ideias para que o Teqball continue a crescer e a tornar-se cada vez mais atractivo e reconhecido a nível global.