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Os utentes da Saúde do Médio Tejo defenderam uma definição de “tarefas imediatas” a implementar para “preparar o futuro pós desconfinamento” e para a retoma da actividade social, económica e da prevenção e prestação de cuidados à população.

Em declarações à Lusa, o porta-voz da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) disse hoje ser “fundamental que se dê atenção às sequelas de quem já teve a doença” da covid-19 e defendeu que “urge” dotar os serviços de saúde pública de meios materiais e humanos” para que estes “cumpram a sua missão”, tendo apresentado em Torres Novas (Santarém) uma listagem de “tarefas” que entendem prioritárias discutir e definir para “preparar o futuro pós desconfinamento” nos cuidados primários de saúde da região.

Com o aproximar da última etapa do plano de desconfinamento, e para além do acelerar da vacinação e dos cuidados de prevenção em relação à covid-19, Manuel Soares salientou a “necessidade do reforço do Serviço Nacional de Saúde [SNS]” e da “apresentação de propostas” na defesa de cuidados de saúde de qualidade e proximidade”.

O documento, defendeu, deve servir como “base de reflexão e de discussão” de várias entidades, “desde autarcas a partidos políticos e movimentos independentes que se candidatem às eleições” autárquicas, que se realizam no Outono.

Relativamente à pandemia, Manuel Soares notou que “em Portugal e no Médio Tejo os dados indicam melhorias quer no número de infectados, quer no número de óbitos”, mas alertou para as “novas variantes [do vírus] que poderão levar a fenómenos de recrudescimento”.

Além disso, acrescentou, é “fundamental” que se “dê atenção às sequelas de quem já teve a doença”.

Em termos de saúde pública, a CUSMT lembrou que “o nível de saúde das populações é tanto maior quanto mais eficazes forem as acções de prevenção e a adopção de boas práticas de vida”, pelo que é urgente “dotar os serviços de saúde pública de meios materiais e humanos para que cumpram a sua missão”.

Referindo-se aos cuidados de saúde primários, Manuel Soares defendeu “a reabertura das extensões encerradas ou sem funcionamento”, a “aquisição de Unidades Móveis de Saúde”, a “instalação dos prometidos consultórios de dentista” e de “mais Unidades de Cuidados à Comunidade”, para além da recuperação progressiva do acompanhamento de todas as patologias ‘não covid’ e incentivo aos rastreios e ao Plano Nacional de Vacinação”, entre outras medidas.

No documento apresentado, a CUSMT recordou ainda que “as urgências hospitalares são o fim da linha para muitos problemas de saúde e até sociais”, tendo defendido para o Médio Tejo a “integração e divisão equilibrada no Centro Hospitalar (CHMT) dos diversos serviços espalhados pelas três unidades hospitalares” (Abrantes, Tomar e Torres Novas), a par da “extensão da Urgência Pediátrica (instalada em Torres Novas) às unidades de Abrantes e Tomar”.

Além disso, defendem a “implantação de uma Urgência Básica em Ourém”, o “reforço da idoneidade formativa” e a “recuperação das listas de espera de consulta e cirurgia”, entre outras medidas.

Manuel Soares salientou ainda que “os meios rurais não podem, nem devem ficar sem serviços de medicamentos”, manifestando-se “contra a deslocação sistemática de farmácias para as zonas urbanas” e preconizando o reforço dos “mecanismos de apoio à aquisição de medicamentos em meio rural”.

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