A ministra da Saúde disse que a vacina contra a covid-19, que poderá chegar a Portugal já em Janeiro, será gratuita, facultativa e administrada no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Será obviamente uma vacinação gratuita, facultativa e a realizar no Serviço Nacional de Saúde”, adiantou Marta Temido sobre o plano de vacinação contra a covid-19 que será apresentado na quinta-feira.

A governante falava aos jornalistas, em Lisboa, no final de uma reunião que contou com a participação do primeiro-ministro, António Costa, o coordenador da task-force criada pelo Governo para desenhar o plano de vacinação e os ministros de Estado e da  Presidência, Mariana Vieira da Silva, da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho.

Questionada sobre a hipótese de a vacina ser dada nos centros de saúde ou em grandes centros de vacinação menos descentralizados, Marta Temido disse apenas que seria através do SNS, apontando dois cenários possíveis.

“Um primeiro momento em que haverá um contexto de maior escassez no acesso a vacinas e, portanto, também à semelhança daquilo que outros países têm estado a planear será um cenário mais controlado, mas depois admitimos que ao longo do ano de 2021 passemos para um cenário de maior abrangência com mais doses disponíveis e também maior expansão dos pontos de administração”, explicou.

“Num cenário extremo de final de ano é equacionável que haja uma distribuição muito mais descentralizada do que num momento inicial”, realçando também que o processo de vacinação será longo e que os portugueses não se poderão “afastar das regras” a que se têm habituado em tempo de pandemia.

Apesar de admitir que as primeiras vacinas possam estar disponíveis nas primeiras semanas de 2021, caso a candidata da Pfizer/BioNTech seja já aprovada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) na reunião agendada para 29 de Dezembro, a ministra ressalvou que essa disponibilização depende de vários factores.

“Qualquer um dos países da União Europeia só terá vacinas se a indústria farmacêutica as disponibilizar, se a EMA lhes der um parecer favorável – porque acima de tudo estão questões de segurança, de efectividade e de qualidade – e de acordo com aquilo que seja a chegada que as próprias companhias farmacêuticas fazem acontecer a cada um dos países dos seus produtos”, descreveu.

Sobre o plano que será apresentado pelo primeiro-ministro, António Costa, a ministra da Saúde disse que será definido um ponto central de distribuição das vacinas para outros pontos secundários, mas algumas empresas farmacêuticas também se disponibilizaram para as fazer chegar aos pontos de vacinação.

Portugal contabiliza pelo menos 4.645 mortos associados à covid-19 em 303.846 casos confirmados de infecção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde.

Leia também...
Foto de arquivo

Urgência de Ginecologia/Obstetrícia em Abrantes condicionada até segunda-feira

O serviço de urgência de Ginecologia/Obstetrícia do Centro Hospitalar Médio Tejo (CHMT),…

Adiado prazo para se saber localização de novo hospital do Oeste

O ministro da Saúde foi sensível às preocupações manifestadas em relação ao…

CIMLT recebe sete ventiladores para os Hospitais de Santarém e Vila Franca de Xira

A Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo recebeu na passada segunda-feira, 20…
Foto de arquivo

Município de Torres Novas atribui incentivos à fixação de médicos de medicina geral e familiar no concelho

Está já em vigor o regulamento municipal para atribuição excecional de incentivos…