Os Verdes querem saber se o Ministério do Ambiente tem avaliado os impactos da extracção de areia no Tejo junto à ponte Salgueiro Maia, em Santarém, nomeadamente quanto à alteração do perfil do rio e à segurança dos pilares.
Numa pergunta entregue no parlamento pela deputada Mariana Silva, Os Verdes questionam o ministro do Ambiente e da Ação Climática sobre a licença para a extracção de inertes no rio Tejo, junto à ponte, qual a sua duração e se têm sido realizadas vistorias submarinas de avaliação aos pilares da ponte.
Sublinhando “o estado de assoreamento do rio Tejo, de Abrantes até ao estuário” – agravado pela extracção de inertes, que gera alterações no perfil do rio e cria “canais de pressão do caudal sobre as infra-estruturas existentes, nomeadamente os pilares das pontes, podendo provocar o seu descalçamento” -, o partido questiona o que leva a que continue activo o areeiro que, “há mais de 10 anos”, actua na margem direita do rio, “a cerca de dois quilómetros” da ponte Salgueiro Maia.
Segundo o texto entregue no parlamento, esta extracção continuada no mesmo local “vai agravando e aprofundando o canal junto a esta margem, enquanto os inertes se acumulam na margem oposta, criando assim uma pressão diferenciada do caudal sobre os pilares da ponte e consubstanciando um verdadeiro risco para os mesmos”.