Miguel Botas Castanho há muito que se dedica a procurar respostas através da ciência. Um talento académico que se doutorou aos 25 e professor catedrático aos 39 anos de idade. Hoje, é um dos mais reputados cientistas na área da bioquímica.

Tem um percurso académico feito essencialmente em Portugal, sem que essa opção o tenha impedido de atingir reconhecimento nacional e internacional na comunidade científica. Já foi distinguido com vários prémios científicos nacionais e internacionais, como os prémios “José Luís Champalimaud” do Ministério da Saúde, prémios DOR da Fundação Grunenthal e o “Zervas Award” da Sociedade Europeia de Péptidos. É perito da FEBS (“Federation of the European Biochemical Societies”), publica regularmente os seus trabalhos em revistas internacionais de mérito reconhecido e integra as equipas de peritos editoriais de algumas dessas revistas. É frequentemente convidado como avaliador de projetos científicos e técnicos pela Comissão Europeia.

Nascido em Santarém, em 1967, onde estudou, nas escolas Ginestal Machado e Sá da Bandeira, até ingressar no curso de Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Actualmente, Miguel Botas Castanho reside em Santarém e é professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, onde dirige do Instituto de Bioquímica. Coordena ainda um grupo de investigação que integra o Instituto de Medicina Molecular.

O seu grupo atrai estudantes estrangeiros (Alemanha, Brasil, Espanha, França), contrariando o “brain drain” histórico de Portugal e levando à existência do processo inverso, “brain gain”, para o nosso país.

Foi subdirector da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa entre 2011 e 2016, altura em que foi nomeado vice-presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

A sua investigação incide sobre soluções para problemas sociais prementes, como HIV, febre de Dengue, controlo e combate à dor, doença de Alzheimer, e a descobertas de novos antibióticos. Em resultado das suas pesquisas, a Comissão Europeia seleccionou para financiamento três dos projectos que coordena liderando consórcios internacionais (Portugal, Alemanha, Austrália, Brasil, Espanha, Estados Unidos), ascendendo a mais de 5 milhões de euros, com a finalidade de desenvolver novos analgésicos, anticancerígenos inovadores e antibióticos alternativos.

Não só tem a preocupação de colocar o novo conhecimento produzido na investigação científica ao serviço efectivo das populações, como tem participado regularmente em iniciativas de divulgação e esclarecimento de matéria científica para públicos não especializados. Fá-lo quer em iniciativas públicas (nas escolas, por exemplo), quer por colaboração com jornalistas.

O seu percurso académico e profissional revela que já realizou actividade em três instituições diferentes (Instituto Superior Técnico da antiga Universidade Técnica de Lisboa e Faculdades de Medicina e de Ciências, ambas da antiga e atual Universidade de Lisboa), contrariando o “inbreeding” universitário, isto é a falta de mobilidade de docentes e investigadores universitários, frequentemente apontado como um dos piores defeitos da academia portuguesa.

Leia também...

A História do Ciclismo em Portugal: Uma Jornada de Paixão e Conquistas

O ciclismo em Portugal tem uma história rica e fascinante, marcada por…

Comunidades Intermunicipais da Lezíria e Médio Tejo reduzem valor dos passes rodoviários

Os passes nos transportes públicos rodoviários na Lezíria do Tejo têm uma…
lusa

Concluída remoção de 15 mil m3 de lamas das águas do Tejo com “excelente qualidade”

Os trabalhos de remoção de lamas no rio Tejo, junto às Portas…

Santarém perdeu 12 mil eleitores

Com o recenseamento eleitoral suspenso desde 07 de Agosto e até à…