O Governo distinguiu ontem, quinta-feira, com Medalhas de Mérito Cultural, seis personalidades, entre os quais o escalabitano Vítor Serrão, e o Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga.
As seis personalidades são o gestor e jurista Emílio Rui Vilar, o arqueólogo subaquático Francisco Alves, o historiador especialista em azulejaria José Meco, o arqueólogo João Zilhão, a museóloga Simonetta Luz Afonso e o historiador de arte Vítor Serrão.
“Os medalhados destacam-se em distintas e fundamentais áreas para a valorização do Património, como a gestão de Museus e Monumentos, arqueologia, investigação, conservação, restauro e docência”, referiu o ministério.
A entrega das medalhas aconteceu no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, no âmbito da cerimónia que assinala a entrada em funcionamento da empresa pública Museus e Monumentos de Portugal e do instituto público Património Cultural.
Quanto aos distinguidos, Emílio Rui Vilar percorreu “uma notável e vastíssima carreira dedicada não apenas à gestão de numerosas entidades públicas e privadas, assumindo as mais altas responsabilidades no quadro das respectivas administrações, mas também ao exercício de cargos políticos, no contexto de diversos governos”, escreve o ministério liderado por Adão e Silva.
Já Francisco Alves “é consensualmente assumido como o ‘pai’ da arqueologia subaquática em Portugal”, devendo-se “à sua iniciativa a criação do primeiro organismo publico exclusivamente dedicado à arqueologia subaquática a nível nacional: o Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, que, fundado em 1997, permitiu imputar profissionalismo a esta área tão especifica da arqueologia nacional”.
João Zilhão “tem vindo a dedicar a sua vastíssima carreira à investigação e à docência, com contributos da mais elevada relevância na área da arqueologia pré-histórica e do estudo da evolução humana, exercendo numerosos cargos em diversas entidades de referência, bem como projetos de enorme notoriedade neste universo”.
José Meco tem “uma carreira de mais de quatro décadas, é uma figura maior da investigação dedicada, predominantemente, à área da azulejaria portuguesa, enquanto uma das artes que define a identidade artística do país”, elencou o ministério.
Sobre Simonetta Luz Afonso, o Governo refere “o seu papel seminal e fundamental na execução da política cultural na área dos museus e da conservação e restauro, na gestão de monumentos identitários da nossa herança cultural, no comissariado de grandes eventos, na internacionalização da cultura portuguesa em geral e das coleções nacionais em especial”.
Vítor Serrão tem uma carreira de cinco décadas “dedicada à investigação e à docência que se traduzem numa vastíssima obra da mais elevada importância, nomeadamente na área da História da Arte da Idade Moderna, da Teoria da Arte e da Imagem, do Património Cultural”, e “afirmou-se como uma das mais incontornáveis figuras nacionais nestes domínios”.
O Grupo dos Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga (GAMNAA) foi fundado em 1912, por José de Figueiredo, primeiro diretor deste museu em Lisboa, sendo “a mais antiga e uma das mais prestigiadas entidades do género em Portugal”.