Cerca de 1500 pessoas manifestaram-se, ao final da tarde de hoje,  frente à Praça de Touros Celestino Graça, contra a “exigência extra legal e discriminatória” que obrigou ao adiamento das duas corridas previstas para Santarém nos dias 10 e 12 de Junho.

Recorde-se que, a menos de 48h da realização da primeira das corridas, a Direção Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo indicou que todos os espectadores teriam de apresentar um teste Covid negativo para poderem assistir aos espectáculos.

Segundo os organizadores, a Associação Praça Maior, a corrida de hoje encontrava-se esgotada há várias semanas, tendo sido organizada dentro da lei vigente, cumprindo todas as normas de segurança sanitária exigidas.

Assim, esta exigência adicional de testagem obrigou ao adiamento das duas corridas, “por ser impraticável, causando elevados prejuízos à organização, mas também ao comércio e restauração da região”.

Esta quinta-feira, as associações taurinas que compõem a Protoiro, juntaram-se aos aficionados que, espontaneamente, se juntaram nas redes sociais com o objectivo de manifestarem o seu repúdio pelas decisões tomadas pela Autoridade de Saúde Pública e defenderem que a Tauromaquia é uma expressão cultural nacional.

Diogo Durão, da Associação Nacional de Grupos de Forcados, usou da palavra para lamentar esta decisão das autoridades de saúde até porque, segundo afirmou, a “Tauromaquia funciona deste Maio do ano passado e não foi até agora foco de nenhum surto, podendo afirmar-se que  que as praças de toiros enquanto salas ao ar livre são seguras”.

Vincando a ideia de que este é um sector que tem muita história e tradição, desde o século XII, pelo que não pode agora, de um momento para o outro, ser extinto por uma “minoria que assim o entende”, o responsável disse temer que Santarém “seja só o início” de um boicote mais generalizado à actividade tauromáquica.

“Temos sido atacados covardemente. Os nossos interlocutores não querem diálogo.  Querem ignorar, não querem resolver problemas, querem acicatar”, disse, afirmando:  “A Tauromaquia faz parte da nossa cultura e, neste momento, quem jurou protegê-la [à cultura] não o está a fazer. A Tauromaquia é do povo”.

Ideias subscritas por Luís Capucha, da Associação das Tertúlia Tauromáquicas de Portugal, Nuno Pardal, presidente da Associação Nacional de Toureiros, João Santos Andrade, presidente da ProToiro e Ricardo Levesinho, da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos que fizeram questão de se associarem a esta manifestação em Santarém e prometem fazer-se ouvir na capital, em frente ao Parlamento.

*Notícia desenvolvida na edição impressa de 18 de Junho

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