Em vésperas do feriado municipal de 19 de Março e das Festas da Cidade, João Teixeira Leite, presidente da Câmara de Santarém, destaca o crescimento do concelho e o impacto dos investimentos estruturantes em curso. Em entrevista ao Correio do Ribatejo, o autarca sublinha a importância da regeneração urbana, da mobilidade sustentável e do reforço da identidade cultural, assinalando como marcos a requalificação da frente ribeirinha, a reabertura da Torre das Cabaças e a aquisição do Teatro Rosa Damasceno, que dará lugar à futura Casa das Artes e Cultura de Santarém.
Além do dinamismo económico e da criação de emprego com novos investimentos privados que ultrapassam os 450 milhões de euros, João Teixeira Leite salienta o compromisso da autarquia na melhoria das infra-estruturas, da habitação acessível e das condições de ensino e saúde no concelho. O autarca garante que o foco está na concretização de projectos que vão transformar Santarém num “polo de desenvolvimento económico e de qualidade de vida”.
As Festas da Cidade e o feriado municipal de 19 de Março são momentos importantes para Santarém. Qual o significado desta celebração para o concelho e quais as principais novidades deste ano?
A celebração do nosso Feriado Municipal é um momento importante para a população enaltecer aquilo que de mais bonito e profundo existe no nosso Concelho, as nossas tradições, a nossa cultura, a festa brava, o fandango, o campino, o cavalo, o toiro, enaltecer a força da juventude, tudo isto acontece nas Festas de São José. Só quem vive e sente realmente o Concelho tem noção da dimensão afectiva das Festas de São José.
O programa de 2025 anuncia como destaques os concertos de Tony Carreira (19 de Março), Quim Barreiros (21 de Março), Richie Campbell (22 de Março), Orquestra Típica Scalabitana (22 de Março), noite de Tunas (20 de Março), dj’s (todos os dias), desfile etnográfico e mostra de folclore (22 de Março), Corrida de Toiros (22 de Março), largadas de toiros diárias, baptismos equestres e outras animações.
As Festas de São José contam com uma vasta mostra gastronómica com destaque para a realização do Festival das Sopas do Concelho de Santarém, com a presença de várias Associações do Concelho e ainda com a existência de quatro restaurantes dinamizados por associações locais, e ainda quatro tasquinhas na Arcada do Petisco (na entrada da Casa do Campino) dinamizadas por quatro clubes do Concelho.
No centro da Casa do Campino funcionará a Praça das Freguesias do Concelho, uma importante montra da identidade do nosso território. O picadeiro este ano funcionará mesmo em frente à Casa do Campino dando destaque à actividade equestre, onde o cavalo e o toiro marcarão presenças diárias.
Vamos reabrir, vários anos depois do seu encerramento, a Torre das Cabaças, contando com a presença da Sr.ª Ministra da Cultura. Vamos inaugurar com a presença do Ministro da Educação as novas residências de estudantes da Agrária e lançar mais residências na ex-EPC em parceria com o Politécnico de Santarém. Esta edição das Festas de São José marca também a requalificação da envolvente à Praça de Toiros Celestino Graça, intervenção integrada na requalificação da primeira fase do Campo Emílio Infante da Câmara, vamos ter outras condições, o pó e a lama são sinónimo do passado.
A Câmara tem vindo a apostar na dinamização cultural e turística. De que forma as festividades contribuem para a promoção da identidade scalabitana e para a economia local?
O investimento na actividade cultural é fundamental para potenciarmos a dinâmica da economia local. Temos todos memória da cidade cinzenta que não celebrava o seu Feriado Municipal, não celebrava a passagem de ano, a cidade que não celebrava o Natal, não havia Verão In Santarém, não havia o evento Cortes e Lendas Santarém Medieval, não havia o Festival de Órgãos de Santarém. Essa cidade cinzenta, sem vida, sem alma, faz parte do passado.
As realizações de todas estas dinâmicas têm de ser vistas como um investimento estratégico que potencia a fixação de pessoas no nosso Concelho com relevo impacto no comércio, na restauração e na hotelaria, mas o impacto maior é na auto-estima dos Scalabitanos e no reforço do sentimento de orgulho e paixão por Santarém.
Aqueles que criticam o investimento na cultura para além de lembrarem o passado cinzento não entendem que Santarém, ano após ano, torna-se num palco cada vez maior de festa e cultura do País.
Um dos grandes desafios da sua gestão tem sido a regeneração urbana. Que projectos estruturantes estão previstos para Santarém em 2025 e nos anos seguintes?
São vários os projectos de regeneração urbana em curso e em fase de planeamento. O investimento público nesta dimensão é crucial para contribuir para a qualidade de vida da nossa população.
Tal como referi no início desta nova caminhada, em Setembro de 2024, estamos a ser determinados para concluirmos o projecto de execução para a requalificação da frente ribeirinha, vamos devolver o Rio Tejo ao Concelho, tornar toda esta zona bonita e apelativa para que os nossos habitantes e visitantes possam desfrutar deste importante património natural.
Outra intervenção estratégica é a requalificação do acesso norte, Avenida Francisco Sá Carneiro, os trabalhos já estão em curso e vão dotar esta zona da cidade de conforto, segurança e modernidade.
Em simultâneo estamos a intervir em diversas zonas da cidade, destaco os trabalhos em curso na zona envolvente à Praça de Toiros, a regeneração do Largo Infante Santo, das Escadinhas de Santa Clara e o espaço verde e polidesportivo na zona envolvente à Escola do Leões.
Em breve vamos apresentar publicamente um plano de intervenção para a contínua regeneração urbana do centro histórico e estamos a desenvolver um estudo prévio para que nos próximos meses estejamos em condições de iniciar trabalhos para a construção de uma ciclovia da rotunda da variante da Portela até aos trabalhos em curso na entrada norte da cidade, esta intervenção será faseada e é a nossa proposta de solução para que finalmente possamos construir passeios na Portela, condição fundamental para o bem estar da nossa comunidade.
Por último destaco a regeneração urbana que vamos iniciar este mês, através de um contrato interadministrativo com a Junta de Freguesia, na carreira de tiro que irá dotar São Domingos de melhores acessibilidades.
A requalificação da frente ribeirinha tem sido um dos temas centrais. Em que fase está este projecto e quando se prevê que as intervenções no Tejo comecem a ser visíveis?
A regeneração da frente ribeirinha é uma prioridade, tal como já referi pretendemos devolver o rio ao concelho, resgatando a sua importância enquanto símbolo de vida, história e união.
O arquitecto Luís Ribeiro coordena a equipa externa que está a elaborar o projecto de execução, sendo que a Câmara de Santarém tem garantidos 3,5 milhões de euros de fundos comunitários para a concretização deste projecto de requalificação urbana, através do programa Portugal 2030.
Este projecto representa um passo decisivo para transformar em realidade o sonho de devolver o Rio Tejo a todos, inclui a criação de um parque verde urbano e de outras respostas que criem dinâmicas importantes para a nossa Ribeira de Santarém. Será muito mais do que um espaço físico, será um lugar de encontro, de partilha e de harmonia com a natureza. O rio, este valioso património natural que nos liga ao passado e nos projecta para o futuro, será finalmente devolvido às pessoas, para que todos possam desfrutar da sua beleza, da sua serenidade e do seu potencial enquanto fonte de desenvolvimento e bem-estar. A nossa Ribeira é um diamante em bruto, com esta e outras intervenções vamos dar um impulso para que depois o investimento privado surja.
Dia 19 de Março vamos estar ao lado da nossa Santa Iria e vamos apresentar detalhes deste projecto e da ligação da estação ferroviária na Ribeira de Santarém ao planalto de Santarém.
O acesso norte à cidade é tido como uma obra estruturante. Como vão estas intervenções impactar a mobilidade e a segurança rodoviária?
A empreitada de requalificação da Avenida Francisco Sá Carneiro está a ser realizada através de uma unidade de execução constituída pela Câmara Municipal de Santarém (CMS) e uma entidade privada, pretendemos criar uma dinâmica e novas infra-estruturas comerciais no Acesso Norte da Cidade. A construção de passeios, de uma ciclovia e de três faixas de rodagem, duas de entrada e uma de saída, são alguns dos elementos da obra de requalificação urbana.
Simultaneamente, vai ser criada a primeira fase da ligação da Circular Urbana – Rua O para nascente, em direcção ao Complexo Aquático, localizado no Jardim de Cima, naquela que segundo minha proposta se designará como Avenida Mário Soares. A segunda fase da obra vai ser lançada ainda este ano, e envolve o restante troço de Vale de Estacas, entre o supermercado Pingo Doce e a Rotunda Bernardo Santareno, junto ao hipermercado Continente.
Com este projecto pretendemos dar dignidade a uma das principais entradas da cidade de Santarém, criando mais acessibilidades, segurança e conforto para a população.
Santarém tem atraído investimentos privados significativos, como o novo Hospital da Luz e a base logística Panattoni Park, entre outros. Como avalia este crescimento e quais os sectores que ainda precisam de reforço?
Vivemos um momento histórico de execução de investimento público e de atracção de investimento privado, a dinâmica em curso é factual, mas o melhor ainda está para vir. Santarém está a afirmar-se como um polo de desenvolvimento económico e de criação de emprego. Temos neste momento em curso mais de 450 milhões de euros em investimento privado, são um reflexo desta dinâmica. Entre os projectos mais estratégicos, destacaria o Novo Hospital da Luz Ribatejo (58 milhões de euros), que reforçará a capacidade de resposta na área da saúde, criando emprego altamente qualificado; a Base Logística Panattoni Park Santarém (25 milhões de euros), que fortalecerá a posição do concelho na rede logística nacional; e a nova unidade da 52 Fresh (85 milhões de euros), que representa uma inovação a nível europeu na indústria agro-alimentar e que durante vários anos tentou sem sucesso fixar-se no Concelho de Almeirim. O novo Hotel em curso é um investimento hoteleiro muito relevante (25 milhões de euros). Além disso, os investimentos industriais, como o da Fravizel (29 milhões de euros) e da Petaqua (4 milhões de euros), reforçam a capacidade produtiva e tecnológica do concelho.
Atrair investimento privado é essencial para a dinamização do nosso concelho. São as empresas que criam emprego, o emprego é condição essencial para fixar as pessoas, e são as pessoas que criam as dinâmicas nos territórios.
Santarém foi o concelho do distrito que mais empresas criou em 2024, um reflexo da aposta na promoção do município em palcos nacionais e internacionais. Vamos continuar empenhados em promover o nosso concelho, divulgar as nossas potencialidades e, dessa forma, continuar a atrair desenvolvimento e crescimento.
Todos os investimentos privados recentemente anunciados em Santarém representam um passo significativo para o fortalecimento da economia local, proporcionando novas oportunidades de emprego e serviços para a população.
O orçamento municipal para 2025 prevê menos impostos e menos dívida, mas também um aumento no investimento. Como será possível conciliar estas metas?
A Câmara de Santarém reduziu a dívida de 100 para 30 milhões em 13 anos, é muito importante salientar o esforço que tem sido feito no saneamento financeiro da autarquia, que permite agora lançar mais investimento, esse esforço deve-se a todos os executivos que deram este importante contributo e que sob a liderança do Presidente Ricardo Gonçalves conseguiram atingir resultados extraordinários. Esta estratégia é para continuar, reduzimos a dívida em 2.7 milhões de euros, de Novembro de 24 a Fevereiro último, cifrando-se a mesma actualmente nos 29,2 milhões de euros, o valor mais baixo deste século.
É um trabalho colectivo da equipa política e técnica do município, e tem como base um princípio basilar da gestão – optimizar os recursos existentes, só assim é possível, isto obriga a uma gestão criteriosa. Foi sempre desta forma que abracei os desafios ao longo da vida, tanto no privado como nas instituições públicas.
O Plano Urbano de Mobilidade Sustentável é um dos grandes projectos da autarquia. Como será implementado e que impacto terá na vida dos cidadãos?
O Município de Santarém está comprometido em transformar a Cidade num espaço mais sustentável, acessível e inclusivo. A pensar no futuro, queremos promover o uso de meios de transporte suaves e sustentáveis, reduzindo a dependência do automóvel e melhorando a qualidade de vida dos cidadãos, queremos tornar o espaço público acessível e inclusivo.
O Plano Urbano de Mobilidade Sustentável de Santarém é um documento estratégico, construído em dois anos e contempla dezenas de intervenções no território com diversas dimensões multidisciplinares.
É um guião para a década, somos o único Concelho da Região a ter este documento concluído, dos poucos a nível nacional o que nos capacita para obter fundos comunitários para conseguirmos concretizar os projectos mais ambiciosos como é o caso do funicular do Planalto à Estação. Parte das intervenções já estão em curso, e outras estão em fase de conclusão do projecto de execução, como é caso da requalificação da Rua Serpa Pinto e Capelo Ivens, que pretendemos em breve lançar concurso para a obra, existindo fundos comunitários para o efeito.
A ligação entre a cidade baixa e a cidade alta continua a ser um problema estrutural. Há soluções concretas a curto prazo para resolver esta dificuldade de mobilidade?
Uma das prioridades do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável consiste em avançar com a construção de um funicular no bairro de São Bento, com partida junto ao depósito da água para ligar o planalto à Ribeira de Santarém, frente à estação ferroviária da CP.
Trata-se de um projecto diferenciador que visa aproximar a Ribeira ao Planalto, promover a mobilidade sustentável com o incremento da utilização do comboio e com relevante impacto para o turismo.
Realço a importância da obra com o aumento do número de pessoas que vivem no concelho e se deslocam diariamente de comboio para ir trabalhar noutros locais, e também com a utilidade que pode ter em termos turísticos, por estar de frente para o rio, considerando a dinâmica que queremos para a nossa frente ribeirinha. Mas queremos também aproximar São Domingos do planalto e construir uma solução mecânica da rotunda luminosa ao miradouro da Rafoa, importa referir que para concretizarmos estes projectos já reunimos com a senhora Secretária de Estado da Mobilidade e estamos a estudar a possibilidade de integração destes projectos em concursos nacionais que abrirão aviso em 2026 no âmbito do Fundo Social para o Clima.
Entretanto, já disponibilizámos um autocarro gratuito para que as pessoas estacionem o seu veículo no campo da feira e se desloquem por meio de um transporte colectivo de passageiros, diminuindo o tráfego automóvel junto à Estação Ferroviária.
A aposta na sustentabilidade e na descarbonização tem sido uma prioridade para vários municípios. Santarém pode tornar-se uma referência nesta área?
Santarém já está a liderar este tema na região, se depender da nossa convicção e vontade de executar seremos a nível nacional um bom exemplo.
O Plano Local de Habitação prevê a recuperação de edifícios devolutos e a criação de habitação acessível. Como está a ser executado e quando começarão a surgir as primeiras casas reabilitadas?
O Município de Santarém prevê aumentar o parque de habitação pública de acordo com o definido na Estratégia Local de Habitação (ELH), bem como melhorar as condições das habitações já existentes.
A Estratégia Local de Habitação do Município de Santarém, tem como objectivo central o cumprimento do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, destacando-se, por exemplo, a construção de 42 fogos no antigo Bairro 16 de Março, onde iremos disponibilizar habitação para arrendamento acessível.
Para além do definido na ELH vamos assegurando reparações e beneficiações que melhorem as condições de habitabilidade do parque existente, por via de administração interna ou com recurso a serviços externos.
A requalificação dos centros de saúde e das escolas do concelho é outro dos pontos em agenda. Quando se prevê a concretização das obras mais urgentes?
No âmbito da delegação de competências na área da saúde, o Município de Santarém tem garantidos 1 milhão e 800 mil euros para a requalificação de 11 unidades de saúde, em diversas freguesias do Concelho. Vamos arrancar nos Amiais de Baixo. Paralelamente estamos a estudar a localização para o futuro Centro de Saúde da Cidade de Santarém. Estamos a executar este projecto com muito afinco.
A nossa prioridade também visa as escolas do nosso Concelho. A Escola muda o mundo e o investimento na Escola é estratégico. Vamos continuar a requalificar o parque escolar nas diversas freguesias do concelho e a tramitar os procedimentos que visam o lançamento das empreitadas para a requalificação e ampliação da Escola de São bento, a requalificação da Escola de São Salvador que irá reabrir com importante impacto para a dinâmica do Centro Histórico e por último a requalificação da Escola Dr. Ginestal Machado e EB 2.3 de Alcanede. Importante referir neste âmbito a criação de duas creches públicas, a primeira para arrancar na Moçarria já em Setembro e a segunda na Escola de São Salvador para abrir em 2026.
O ensino superior em Santarém pode ganhar um novo impulso com a criação de cursos na área da saúde. Inclusive, tem-se referido a possibilidade de ter um hospital universitário. Qual o estado actual deste projecto e quais os próximos passos?
É factual que a nossa cidade tem condições objectivas para acolher um hospital universitário, nomeadamente infra-estruturas de saúde e ensino superior na região.
Contudo esta matéria carece de tempo, discussão e planeamento até à sua efectiva materialização, é necessário tempo para discutir o assunto de forma assertiva e responsável, sem sedes de protagonismo ou falsos paternalismos. A academia lançou o tema, já reuni com o Sr. Ministro da Educação. É um assunto que carece muito de planeamento.
O desporto e o lazer também são fundamentais para a qualidade de vida dos cidadãos. A nova academia de futebol e a requalificação do Campo da Ribeira são apostas prioritárias?
Estamos a executar o maior investimento de sempre em infra-estruturas desportivas. O Município tem vindo a investir no desenvolvimento desportivo e, nos próximos dois anos, vai investir ainda mais nas infra-estruturas desportivas, cerca de quinze milhões de euros, tendo já financiamento bancário aprovado para a sua concretização. No contexto actual, num Concelho onde temos mais de três mil jovens que praticam desporto em vinte e oito clubes e associações, o desenvolvimento desportivo assume um papel fundamental na criação de hábitos de vida saudáveis e na conquista de uma melhor qualidade de vida.
A nossa prioridade no desporto é consubstanciada nos apoios que o Município atribui, nas infra-estruturas actuais, e também nos projectos futuros, a requalificação do Campo de Rugby que terá inicio no mês de Março, a construção da academia de futebol que aguarda visto do tribunal de contas, a construção do parque desportivo do tejo na Ribeira de Santarém, cujo procedimento para a empreitada será lançado em Abril, a construção do Pavilhão Desportivo de Pernes, obra que arrancará nos próximos dias, o campo de futebol natural da ESAS, que está em fase de análise propostas, o Pavilhão Desportivo EPC, a construção e colocação do relvado sintético no campo de futebol de Abitureiras, Alcanede, Pernes, Tremês, o polidesportivo de Alcanhões e de Casével, são alguns dos projectos que irão colocar Santarém num patamar de excelência.
O Município anunciou recentemente a aquisição do Teatro Rosa Damasceno através do direito de preferência. Qual o plano da autarquia para a recuperação deste edifício?
É um marco histórico, quatro décadas depois de muita discussão, de erros estratégicos, resgatámos este património para Santarém. A Câmara Municipal de Santarém exerceu o direito de preferência na aquisição do Teatro Rosa Damasceno. Vamos trabalhar afincadamente para que ali nasça a futura Casa das Artes e Cultura de Santarém. Acabando definitivamente com a imagem degradante que em nada beneficia o nosso concelho. Durante os próximos meses apresentaremos o estudo prévio para a concretização desta importante obra.
Foi ratificada oficialmente a sua candidatura à presidência da Câmara pelo PSD. O que o motiva a avançar para um novo mandato? Se for reeleito, qual será o seu grande objectivo?
Estou Presidente da Câmara Municipal de Santarém há 6 meses, o meu foco actual está em governar e concretizar projectos estruturantes para Santarém, trabalhar para as pessoas e promover qualidade de vida no nosso território, garantindo um futuro de crescimento para o concelho. Tenho programado falar sobre o futuro e sobre a minha disponibilidade no dia 25 de Abril, se o País mergulhar em eleições legislativas irei alterar a data, caso contrário falarei a Santarém num dos dias maiores das nossas vidas, dia que inspirou com bravura o nosso Capitão de Abril, Salgueiro Maia, a devolver a todos nós, uma das palavras mais importantes das nossas vidas: liberdade.
Que mensagem gostaria de deixar aos cidadãos de Santarém neste momento especial do feriado municipal?
Vamos, juntos, celebrar Santarém, mostrar a nossa paixão a esta Capital, mostrar o orgulho de sermos Scalabitanos. Só quem vive sente a nossa a garra e a nossa força. Só quem vive e nos sente diariamente pode compreender a dimensão da nossa bravura. Que estas Festas de São José nos inspirem para amarmos cada vez mais este magnífico Concelho!