O ano de 2022 termina envolto em preocupações e esperanças.

À seca sucederam a chuva e as inundações e, com elas, veio o regresso das imagens do passado que nos invadem as memórias e o presente.

As cheias, os cortes de estradas, a destruição que fenómenos climáticos teimam em demonstrar, e que urge minorar os seus impactos e aos quais não se pode continuar a olhar impávida e serenamente para uma situação que regularmente nos visita.

Os tons da lezíria estão em mudança.

A aridez do Tejo foi transformada com a lezíria a ser inundada de água e de esperanças para um bom ano agrícola.

Assim, esperamos.

As barragens começam a dar fortes sinais de recuperação, com os caudais das diversas bacias hidrográficas a superar os 50% e algumas delas já com disponibilidades de água bem acima dos 80%. E isto sem termos em conta os dados de dezembro. Que a secura do verão e as temperaturas mais elevadas possam aqui ter um aliado para atenuar esses tempos.

Temos preocupações com uma invasão que teima em persistir e demora a ser vencida e que o inverno, com o gelo e a chuva, sem condições para serem combatidos, criou mais um conjunto de inimigos ao povo Ucraniano, que luta estoicamente com as armas de que dispõe pela sua sobrevivência.

E independência.

Preocupações com a inflação e a subida dos juros, com tudo o que de negativo trará aos orçamentos das famílias e empresas para o novo ano. Inquietação com os largos, ruas e avenidas de Santarém, cujas obras teimam em durar e de cujo resultado se antevê que trarão menos lugares de estacionamento.

E com menos lugares de estacionamento, provavelmente, haverá menos pessoas nessas ruas e avenidas. É um círculo vicioso em que se persiste.

Combater o automóvel não se percebendo que, com isso, está-se a afastar os cidadãos. Os carros ainda não andam sozinhos.

Solidariedade com os comerciantes a quem a época de Natal ainda é, nalguns casos, o aforro para o resto ano.

Esperança para que as luzes do Natal, com que a cidade de Santarém está iluminada, possam não só adornar as árvores e candeeiros, mas iluminar e inspirar o próprio caminho da Cidade, em busca de um Futuro.

Que o Correio do Ribatejo mantenha o seu rumo, pelas mãos e “pena” do Ludgero Mendes e do Paulo Narciso e a presença espiritual da Teresa Lopes Moreira.

Por fim, que todos passem bem o Natal, junto daqueles que amam. Com saúde e amor.

E que o ano de 2023 vos encha de esperanças e que contrarie os pessimismos.

Espero que assim seja.

Feliz Natal e um próspero ano de 2023.

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