Obras representam um investimento global de 10,5 milhões de euros e pretendem oferecer melhores condições para o crescimento da escola e do número de alunos.

A Câmara de Abrantes adjudicou as empreitadas de construção das novas instalações da Escola Superior de Tecnologia (ESTA) e uma residência de estudantes, obras que representam um investimento global de 10,5 milhões de euros (ME), indicou hoje a autarquia.

“Tivemos vários concorrentes para esta empreitada [da nova ESTA], que tem um valor financeiro muito significativo, na ordem de 8 ME, e também vimos garantida a nossa candidatura ao Fundo de Transição Justa (FTJ), correspondendo aqui a um montante, nesta fase inicial, de 6 ME, acreditando que, depois, em fase de reformulação da própria candidatura, consigamos mais financiamento para esta escola, estruturante para o concelho e para a região”, referiu Manuel Jorge Valamatos, presidente do Município de Abrantes.

O preço base da empreitada, adjudicada em reunião de executivo de 18 de julho, está fixado em cerca de 7,5 ME, acrescidos de IVA, e o prazo previsto para a execução é de 1.020 dias, cerca de três anos.

“Há 25 anos que falamos na ESTA e agora, com esta nova construção no Parque de Ciência e Tecnologia – Tagusvalley, onde vai ser instalado o equipamento educativo, terá condições para receber mil alunos”, declarou Manuel Jorge Valamatos, notando que a capacidade atual se cifra nos 400 estudantes.

A nova localização da ESTA, cujas instalações de origem no centro da cidade “há muito não respondem às exigências do presente e às funções que o ensino superior tem de ter, oferece melhores condições para o crescimento da escola e do número de alunos, e irá reforçar o desenvolvimento económico”, destacou.

Para Manuel Jorge Valamatos, a nova escola insere-se numa “visão estratégica” que o município tem vindo “a consolidar ao longo dos últimos anos”, sendo a educação entendida como “pilar do desenvolvimento” do concelho.

O autarca apontou ainda ao apoio de fundos comunitários através do FTJ, afirmando que a nova ESTA “terá boas condições para reforçar o desenvolvimento económico da região, já que se vai instalar no Parque de Ciência e Tecnologia”, equipamento classificado como uma das três zonas livres tecnológicas de Abrantes.

O município assegurou uma comparticipação financeira de 85%, por via do FTJ, que “assume o principal objetivo de mitigar os efeitos sociais e económicos decorrentes do encerramento da central a carvão do Pego”, em 2021.

As futuras instalações da ESTA, homologadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em maio de 2022, terão capacidade para 963 estudantes, sendo 396 estudantes para o ensino teórico e 567 estudantes para o ensino prático.

Sublinhando que a aposta na educação “não se esgota nas próprias infraestruturas” e que o sucesso educativo “exige também condições de apoio e de bem-estar que garantam aos alunos a estabilidade e o conforto durante o seu percurso académico”, o autarca de Abrantes disse hoje à Lusa que, “no mesmo dia” da obra da ESTA, “foi adjudicada a empreitada de construção da nova residência de estudantes”, junto à escola Dr. Manuel Fernandes.

“Trata-se de um investimento de cerca de 3 ME que irá permitir reabilitar um edifício devoluto (…) e instalar nesse espaço uma residência para estudantes com capacidade para 54 alunos, a par de um piso totalmente dedicado ao ensino das artes e da música para os nossos jovens”, declarou.

A obra foi adjudicada pelo valor de cerca de 2,9 ME, acrescidos de IVA, conta com um apoio do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de 2 ME e apresenta um prazo de execução de 300 dias.

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