Depois dos confinamentos, veio a vacinação. Depois da vacinação, virão os medicamentos. A vacinação fez a diferença. Os medicamentos também farão.
São esperados para 2022 os primeiros medicamentos específicos anti-SARS-CoV-2, logo curativos da COVID-19. Serão um complemento importante para as vacinas atuais, que não são totalmente eficazes a prevenir doença ligeira ou moderada.
Com as vacinas a evitarem formas graves da doença e os medicamentos a curar as formas mais leves, entramos numa nova fase da pandemia: a fase em que deixamos de pensar apenas em vencer batalhas, vaga após vaga, e pensamos mais alto, em vencer a guerra.
Depois virão vacinas melhoradas (“de segunda geração”) e medicamentos adicionais. O aperfeiçoamento dos autotestes fará o resto e conseguiremos manter níveis virais muito baixos entre a população.
Tudo acabará bem. Se ainda não está bem é porque ainda não acabou. Até que acabe, temos de continuar prudentes.
Miguel Castanho – Investigador em Bioquimíca