A coligação AD venceu o círculo eleitoral de Santarém, com 30,60% dos votos e quatro deputados, mas o Chega foi o partido mais votado em 11 dos 21 concelhos do distrito, ao conquistar 28,13% dos votos e três mandatos.

Com todas as freguesias apuradas, o resultado traduz-se numa vitória e reforço da AD face a 2024, ano em que obteve 27,28% dos votos e elegeu três deputados.

Apesar da vitória distrital da coligação PSD/CDS, o Chega manteve os três mandatos que já tinha e foi o partido mais votado em 11 dos 21 concelhos do distrito, com destaque para Salvaterra de Magos (36,18%), Benavente (36,25%) e Abrantes (30,46%).

A AD venceu em nove concelhos, destacando-se Ourém (48,50%) e Rio Maior (37,66%).

Já o PS perdeu um deputado e sofreu uma queda acentuada, de 27,85% para 22,75%, perdendo mais de 14 mil votos, tendo sido a força mais votada apenas no concelho de Coruche (29,23%).

Eleitos pela AD foram o ministro da Educação do atual Governo em gestão, Fernando Alexandre, e os deputados João Moura, Isaura Morais e Ricardo Oliveira.

Pelo Chega foram eleitos o deputado Pedro Correia, o presidente da distrital do Chega, José Dotti, e Catarina Costa.

O PS elegeu o vice-presidente da Assembleia da República Marcos Perestrello e o deputado Hugo Costa.

A participação eleitoral no distrito desceu ligeiramente face ao ano anterior.

Este domingo, votaram 64,70% dos eleitores, menos 1,85 pontos percentuais do que em 2024.

Os votos brancos representaram 1,52% do total, ligeiramente abaixo dos 1,54% registados em 2024, enquanto os votos nulos diminuíram de 1,17% para 1,03%.

A abstenção, por sua vez, subiu de 33,45% para 35,30%.

O resultado confirma uma inversão nos resultados num distrito tradicionalmente socialista. Desde 1976, o PS venceu 13 das 17 legislativas em Santarém, com domínio quase ininterrupto entre 1983 e 2009.

O PSD venceu por quatro vezes, três delas em coligação com o CDS e o PPM, e junta agora uma quinta vitória com o resultado destas eleições.

O distrito, atualmente representado por nove deputados (eram 13 em 1976), tem registado uma tendência de perda populacional e envelhecimento.

Entre 2011 e 2021, perdeu mais de 28 mil habitantes, segundo os Censos, sendo Benavente o único concelho a crescer.

 Os desafios demográficos e a desertificação continuam a ser alguns dos principais desafios estruturais da região.

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