O ministro das Infraestruturas disse hoje que se reuniu, sexta-feira passada, com a Comissão Técnica Independente que está a estudar as possíveis localizações do futuro aeroporto, aguardando o Governo a conclusão dos trabalhos para tomar uma “decisão fundamentada”.
João Galamba presidiu hoje à assinatura da consignação da empreitada da reabilitação da estrada que liga as zonas empresariais do Entroncamento e de Riachos (Torres Novas), no distrito de Santarém, à Autoestrada 23 (A23), cerimónia na qual ouviu o presidente do município torrejano, Pedro Ferreira (PS), apelar a que a decisão sobre o futuro aeroporto não sirva apenas Lisboa, mas o resto do país.
Questionado pelos jornalistas no final da cerimónia, no Entroncamento, tendo em conta a sua afirmação de que o aeroporto em Santarém, uma das localizações em estudo, e que é defendida pela região, é “longe”, Galamba disse que a Comissão Técnica Independente está a fazer uma análise “multivetorial e em múltiplas dimensões”, havendo outros critérios para além da distância, aguardando o Governo pelo trabalho final para uma decisão “fundamentada”.
“Reuni com a comissão na passada sexta-feira. É um trabalho que acompanhamos com proximidade, dando sempre todas as condições para que possa continuar a trabalhar”, disse, salientando que o trabalho está em curso e que, brevemente, será apresentado “um relatório intercalar”, aguardando o Governo “serenamente pela conclusão final dos trabalhos”, para “com fundamento tomar a decisão que o país aguarda há tantas décadas”.
“Mas há uma coisa que garanto, ainda sem ter visto o relatório final. É que não vai dizer que 80 quilómetros é perto. Mas isso, como já disse, não significa nada, nem positivo nem negativo, para nenhuma localização. É apenas um facto. Todas as diferentes localizações têm diferentes vantagens e desvantagens. Apenas apontei uma que é incontornável, estamos a falar de facto de uma distância longa”, acrescentou.
Pegando numa afirmação da vice-presidente da Câmara do Entroncamento, Ilda Joaquim (PS), de que “mais importante que os quilómetros são os minutos”, Galamba assegurou que a comissão trabalha em “várias dimensões de análise e não apenas na distância” e que nunca ficará condicionada porque também ela concluirá que 80 quilómetros não é perto.