O projecto para um aeroporto em Santarém, chamado Magellan 500, prevê uma capacidade inicial de 10 milhões de passageiros por ano, permitindo expansão até aos 100 milhões, em 40 anos, anunciou o gestor Carlos Brazão.

O projecto Magellan 500 foi apresentado pela primeira vez em público no colóquio “Novo aeroporto: tempo de decidir”, promovido pelo Conselho Económico e Social (CES), em Lisboa, na passada semana.

Segundo o gestor Carlos Brazão, o projecto prevê “dentro de aproximadamente 15 anos – e provavelmente até mais cedo – 50 milhões de passageiros e dentro de 40 anos 100 milhões de passageiros”.

A ideia é fazer uma construção faseada, começando com uma pista e capacidade de até 10 milhões de passageiros por ano, até chegar à última fase, que prevê a existência de três pistas e uma capacidade “pode ir além dos 100 milhões de passageiros por ano, sempre com expansão incremental do mesmo plano director inicial”, explicou o gestor.

“Parece-nos claro que, se queremos evitar continuar nos próximos 30 ou 40 anos a discutir aeroportos, como nos últimos 50, é, provavelmente, para estes níveis de procura que devemos trabalhar desde já”, defendeu Carlos Brazão.

De acordo com o gestor, os tempos de acesso ao aeroporto, exemplificando com 29 minutos em Alfa Pendular entre Santarém e Lisboa, “são suportados por uma localização de excelência”, com a existência da linha ferroviária do norte e a auto-estrada A1.

Assim, defendeu, um aeroporto em Santarém permite colocar “mais de quatro milhões de pessoas a pouco mais de uma hora”, “desde o primeiro dia e sem custos públicos adicionais”.

O responsável destacou ainda, em termos ambientais, a “selecção criteriosa da localização e do layout das pistas em função das áreas protegidas remotas”, bem como a minimização do ruído sobre a população, “já com a futura aviação sustentável em mente, incluindo eléctrica e hidrogénio”.

O projecto Magellan 500 é de iniciativa privada, promovido fora da actual concessão da ANA Aeroportos.

Na mesma ocasião, o gestor Carlos Nunes Lopes defendeu a localização Montijo, o ex-presidente do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), Carlos Matias Ramos, defendeu Alcochete, o ex-presidente da NAER – Novo Aeroporto, Rui Sérgio, manifestou-se favorável à construção de um aeroporto na Ota, e o professor universitário António Carmona Rodrigues apoiou uma solução aeroportuária em Alverca.

A Comissão Técnica que irá levar a cabo a avaliação ambiental estratégica para o novo aeroporto de Lisboa vai estudar cinco soluções, podendo ainda propor mais caso entenda.

Em causa, está a solução em que o Aeroporto Humberto Delgado fica como aeroporto principal e Montijo como complementar, uma segunda em que o Montijo adquire progressivamente o estatuto de principal e Humberto Delgado de complementar, uma terceira em que Alcochete substitui integralmente o Aeroporto Humberto Delgado, uma quarta em que será este aeroporto o principal e Santarém o complementar e uma quinta em que Santarém substitui integralmente Humberto Delgado.

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