Tomás Marques, aluno do Instituto Politécnico de Santarém, apresentou no Concurso Nacional Poliempreende 2024 o inovador projeto TRIAGEDIS, que promete transformar a triagem médica através de um sistema de monitorização individual. Sob a orientação dos professores Filipe Madeira e Filipe Cardoso, o estudante pretende optimizar a interação médico-paciente, melhorando significativamente a qualidade dos cuidados de saúde.

Como surgiu a ideia para o projeto TRIAGEDIS e o que o inspirou a desenvolver uma solução focada na triagem médica?

Foi algo que até a mim, apanhou de surpresa. Tudo começou devido ao projeto final da disciplina do meu professor Filipe Cardoso. Com um trabalho final para fazer e sem tema em mente, comecei a investigar sobre problemas relacionados com cuidados médicos em situações de emergência e catástrofe. Rapidamente dei por mim a planear uma solução digital focada nas urgências e unidades de triagem. Várias páginas, apresentações e concursos depois, a ideia passou de um projeto académico, para um esforço empreendedor.

Pode explicar-nos, de forma simplificada, como funciona o sistema de monitorização individual do TRIAGEDIS e de que forma ele melhora a interação entre o médico e o paciente?

De maneira sucinta, enquanto o paciente está sobre monitorização do sistema, o seu estado clínico é acompanhado com bastante detalhe e atenção contínua, qualquer mudança no mesmo é registada e transmitida ao pessoal médico responsável de uma maneira inteligente. Tendo estas percepções sobre os pacientes, pode-se melhor compreender o utente e o seu estado, removendo qualquer sentimento de incompreensão por parte do paciente, e fornecendo paz-de-espírito, a quem dele cuida.

Quais são os principais desafios que enfrentaste durante o desenvolvimento do TRIAGEDIS e como os superaste ao longo do processo?

Logo desde início, sabia que a produção deste tipo de equipamento médico não ia ser fácil. E tanto o aspecto médico como o empreendedor, não são a minha área de especialidade, o que poderia se revelar difícil no futuro breve. No entanto, o que eu tenho bastante é capacidade de pesquisa, e também pessoas que querem ajudar. Seja na produção de equipamento médico, na compreensão do sistema de triagem, ou no aspecto empreendedor, tenho pessoas que me ajudam a resolver estes problemas e atingir os meus objetivos para a TriageDIS. Superei os desafios com vontade de avançar e com a ajuda das pessoas à minha volta.

Como tem sido a experiência de representar o Instituto Politécnico de Santarém neste concurso nacional e o que mais te marcou até agora?

Têm sido uma boa experiência, já faço parte desta instituição de uma maneira ou outra há cerca de 4 anos, e sempre quis fazer algo que ajudasse o meu politécnico, e apresentando-se esta oportunidade fico contente em a poder utilizar para atingir estes objetivos. O que me marcou mais até agora foi o apoio do IPSantarém na fase nacional do Poliempreende, e também as pessoas que conheci na Madeira. Temos muitas pessoas com talento, ambição e inovação neste país, e fico muito grato por ter conhecido algumas delas.

Quais são os próximos passos para o TRIAGEDIS após a participação no Concurso Poliempreende? Há planos para testar o projeto em ambientes reais?

Como todo o projeto, precisamos de continuar a desenvolver a ideia e os produtos que temos. Quero levar esta ideia onde ela realmente pode ajudar quem mais precisa, e devido a isso, existem planos para efectuarmos testes em ambientes que revelam os nossos pontos fortes e fracos. Se possível, gostaríamos de começar em Santarém.

De que forma o apoio dos professores Filipe Madeira e Filipe Cardoso contribuiu para o sucesso do projeto e para o seu crescimento enquanto estudante e futuro profissional?

Ambos os professores Madeira e Cardoso ajudaram-me a todos os níveis, tanto no académico e profissional, mas como também no pessoal. Todos nós somos susceptíveis às nossas dúvidas e preocupações, mas com a ajuda e acompanhamento das pessoas certas, conseguimos nos focar em atingir o sucesso.

Um título para o livro da sua vida?

“Porque sim… não é resposta!”

Viagem?

Fim de semana na Serra-da-Estrela.

Música?

Sangue do meu sangue – Salvador Sobral.

Quais os seus hobbies preferidos?

Programar, namorar e apreciar bons filmes.

Se pudesse alterar um facto da história, qual escolheria?

Que os Linkin Park tivessem mais álbuns.

Se um dia tivesse de entrar num filme, que género preferiria?

Certamente Comédia.

O que mais aprecia nas pessoas?

Capacidade de ajudar o próximo.

O que mais detesta nelas?

Desdém.

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