No âmbito do Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual, dia 10 de Maio, a APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental de Santarém organizou diversas actividades para assinalar este dia comemorado pela primeira vez em Portugal.
Uma dessas iniciativas foi a mesa redonda intitulada “Ser…”, que se realizou na Escola Superior de Educação de Santarém e contou com as participações de Luis Amaral (Ser Pai), Maria de Fátima Fernandes (Ser Mãe), Teresa Custódio (Ser Irmã), Gonçalo Silva (Ser Professor), Maria João Frazão (Ser Psicóloga), Elisabete Patrício (Ser Terapeuta), Paulo Cotim e Filipa Camacho (Ser Técnico de Apoio ao Emprego) e Ricardo Gonçalves (Ser Autarca).
A moderação esteve a cargo de Marta Estevão e a iniciativa contou também com a participação de Renato Bento, Director Distrital de Segurança Social de Santarém. Para além da mesa redonda foram realizadas actividades lúdicas, terapêuticas e desportivas no Jardim da Liberdade, envolvendo a comunidade e as famílias.
Esta dinâmica de Ser pai, mãe, irmã, professor, psicóloga, terapeuta, técnico/a de apoio ao emprego e autarca da Pessoa com Deficiência Intelectual tornou-se um espaço de partilhas das diversas experiências de estar e ser alguém na vida destas Pessoas com Deficiência Intelectual.
A proposta para a criação deste dia chegou ao parlamento através de uma petição da HUMANITAS – Federação Portuguesa para a Deficiência Mental, com mais de 10.200 assinaturas, com o objectivo de dar maior relevância e visibilidade às pessoas com Deficiência Intelectual e respectivas famílias, de forma a permitir uma maior mobilização e sensibilização da sociedade civil. Pretende-se valorizar e representar a pessoa com deficiência intelectual, no seu todo, as suas capacidades e a sua forma de ser. Este é um dia que vai sublinhar o empoderamento e autodeterminação da pessoa com deficiência intelectual.
A deficiência faz parte do contexto da vida e, a este propósito, pretende-se desmistificar alguns preconceitos relacionados com a Deficiência Intelectual e sensibilizar a sociedade para a importância do respeito e da inclusão destas pessoas, em prol da melhoria da sua qualidade de vida e em conformidade com os princípios da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.