A Câmara de Ourém aprovou, por unanimidade, o projecto de requalificação ecológica e paisagística da mata municipal, promovendo a biodiversidade e o lazer da população.

Atendendo ao “elevado potencial em termos de promoção da biodiversidade e do lazer para a população e escolas do concelho”, a Câmara Municipal de Ourém, liderada por Luís Albuquerque (coligação Ourém Sempre PSD/CDS), aprovou, por unanimidade, um projecto de requalificação ecológica e paisagística para este espaço verde da cidade, no distrito de Santarém.

Numa nota de imprensa, a autarquia informa que o projecto foi pensado para “possibilitar o usufruto por parte da população de forma lúdica ou pedagógica, além do uso pelas escolas como sala de aula ao ar livre, num investimento na ordem dos 200 mil euros”.

Para a Câmara, a Mata Municipal de Ourém “há muito que justifica uma intervenção que promova e sensibilize para a biodiversidade, enquanto museu vivo ao dispor da população que aumente a sua qualidade de vida e manifeste ainda uma preocupação emergente com o bem-estar animal”.

Neste contexto, o “projecto de arquitectura pretende preservar, desenvolver e proteger a flora e fauna locais, e criar uma zona de lazer e aprendizagem em plena natureza”.

Está prevista ainda “uma zona de piqueniques com equipamento infantil, um lago com margens relvadas, percursos pedestres com vários pontos de interesse (torre de observação de aves, casa do carvalho gigante, zona de aromáticas e chás, viveiro para propagação de sementes autóctones e ginásio ao ar livre) e um parque canino para que os utilizadores possam passear os cães em parque próprio, com bebedouro apropriado”.

Considerando que a Mata Municipal de Ourém é um “museu vivo”, o município irá proceder à “limpeza fitossanitária do espaço através da remoção de espécies infestantes e a remoção de todos os exemplares arbóreos ou arbustivos mortos ou em mau estado” e à “demolição ou desmontagem de todas as estruturas e equipamentos existentes que não estejam enquadrados no projecto”.

A construção do lago, que servirá também de bebedouro para aves e pequenos mamíferos, a construção de pequenos muretes, caminhos de betão poroso e passadiços em ‘deck’ de madeira para atravessamento de leitos de drenagem e a reabilitação de caminhos em terra batida” são outras das intervenções previstas.

O projecto prevê ainda a “construção de uma rede de rega, grelhadores e um bebedouro em pedra, a implantação de construções de madeira, a colocação de mobiliário exterior e outros equipamentos (mesas com bancos, papeleiras, placas de sinalética e aparelhos de ginástica ao ar livre), a implantação de um parque canino, a colocação de luminárias e a plantação de árvores e arbustos”.

Segundo a autarquia, o projecto de arquitectura paisagista tem um “cariz ambiental muito forte” e, além de “promover a biodiversidade local, está apto para responder aos desafios urgentes no âmbito das alterações climáticas”.

“Possibilita também uma melhoria da qualidade de vida da população local e ainda uma solução para os canídeos da cidade, disponibilizando um espaço vedado onde estes podem correr livremente e, possivelmente, reduzir os dejectos caninos que são frequentemente encontrados em passeios e espaços verdes”, acrescenta.

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