Beatriz Dias, residente em Santarém, é ilustradora e designer. A jovem, de 22 anos, considera-se uma criativa e começou a dar os primeiros passos na área quando ingressou na Universidade da Beira Interior, na Covilhã, onde estudou Licenciatura em Design Multimédia. É fundadora do projecto “Bloom Atelier”, que teve início em 2019, no Instagram, onde Beatriz partilha trabalhos manuais e conteúdo educativo sobre design. Uma iniciativa com o principal objectivo de transmitir o conhecimento que gostaria de ter tido quando entrou na universidade. Inspira-se em tudo o que a rodeia. “O truque é não deixar que a monotonia da rotina nos afecte e, ao invés disso, ver nela a magia da imaginação”.

Actualmente faz ilustrações personalizadas, tanto para suportes digitais como físicos, identidades visuais, desenhos a aguarela e design de posts e stories para as redes sociais.

Quando descobriu o gosto pela ilustração e design?

Quando terminei o ensino secundário, não fazia ideia do que era o design. Ao entrar na universidade, fui introduzida ao mundo fascinante do design e às diversas áreas que o curso abrangia e comecei a perceber que tinha um gosto enorme pela comunicação através de meios visuais. No segundo ano da licenciatura, surgiu um desafio numa aula de desenho digital, no qual tive de criar personagens e cenários. A partir desse momento, comecei a explorar a área da ilustração e reparei que tinha uma ligação especial à ilustração infantil.

Porquê a escolha do nome Bloom Atelier?

“Bloom” devido ao seu significado “florescer”, para transmitir o propósito de que, ao trabalhar comigo, as ideias e a criatividade florescem e porque sempre fui conhecida como “Bea das Flores”, devido à minha paixão por flores, e “Atelier” porque engloba todas as minhas actividades, sem me limitar a ser designer ou ilustradora. As duas palavras, juntamente com o logotipo e o slogan “Criar. Florescer. Inspirar.”, simbolizam as soluções que a Bloom Atelier oferece em termos de Ilustração e design. Cada flor representa uma ideia, enquanto as formas geométricas simbolizam a precisão e a estrutura aplicada em cada projecto.

Quem são as suas inspirações?

Se tivesse de fazer uma lista de todos os que me inspiram, a lista não tinha fim! No entanto, descobri ainda em 2022 ilustradores como Jorge Margarido, Mantraste, Ana Ventura, Heath McKenzie e Beatrice Blue. Penso que Irena Freitas, Papoulas Douradas e Beatrice Blue são as principais influências na minha ilustração.

Qual a importância do design na vida das pessoas?

O design é uma peça fundamental na vida das pessoas, impactando-as de várias maneiras. O design é e sempre será urgente para dar vida a tudo, desde o que vestimos até o que vemos no telemóvel.

Como um bom tempero numa receita, o design dá aquele toque especial a tudo à nossa volta, sem darmos por isso. É como se fosse o ingrediente secreto que torna tudo mais apetitoso, mais atractivo. É a arte de tornar as coisas bonitas e funcionais ao mesmo tempo, sem esforço aparente.

Qual foi o trabalho que lhe deu mais gosto de realizar?

A contracapa do Observatório, uma das rubricas do Argumento do Cineclube de Viseu.

Como é que as artes podem impactar a vida das pessoas?

As artes fazem-nos reflectir e até mudar a forma como vemos o mundo. É como se fosse uma janela para diferentes realidades, culturas e formas de pensar. Às vezes, uma simples música pode transformar um dia cinzento em algo mágico, ou uma pintura pode fazer-nos viajar para lugares que nunca visitamos nem nunca poderemos visitar.

No fundo, as artes são como um abraço para a alma, algo que nos conforta ou revolta, nos inspira.

Como trabalha a sua criatividade?

O meu processo criativo envolve muito a estimulação da criatividade no quotidiano: dou passeios com o meu cão, vejo referências visuais em vários sites, filmes e livros, pinto acrílico em tela “como uma criança”, descanso, canto e danço muito… Acredito que, tal como a expressão dance like nobody is watching, devíamos criar como se ninguém estivesse a ver.

Qual o feedback que tem do público?

Tanto de clientes como de pessoas que apenas me seguem para acompanhar o meu conteúdo, tem sido muito bom e positivo. Desde que comecei a ganhar mais notoriedade no Instagram, as mensagens de agradecimento pelo meu conteúdo e a forma como eu ajudo, por exemplo, alunos que estão ainda na universidade, tem vindo a aumentar e estou imensamente grata por isso.

Onde é que o público pode acompanhar o seu trabalho?

Podem acompanhar o meu trabalho no Instagram @bloomatelier.pt e no Facebook Beatriz Dias.

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