A Assembleia Municipal de Ourém lançou três projectos com o objectivo de aproximar os cidadãos à política, mantê-los informados e envolvê-los nas decisões que são tomadas para o concelho, disse à agência Lusa o presidente daquele órgão.
“O objectivo é ser transparente e aproximar os cidadãos dos eleitos, saber o que andam a fazer, de que forma, como é que as propostas foram aprovadas e o que querem fazer. É dar mais participação activa às pessoas”, explicou o presidente da Assembleia Municipal de Ourém (AMO), João Moura.
Desde a semana passada que está disponível uma plataforma ‘online’ de gestão da AMO, que irá permitir aos munícipes um escrutínio sobre a actividade dos deputados eleitos na Assembleia Municipal (AM).
“Este projecto surgiu para poder reunir informação e dar acesso aos cidadãos do que se passa na AM. Nesta plataforma, vão poder saber quem foi o deputado que falou, quantas vezes o fez, o que defendeu, o que votou ou se saiu a meio. O munícipe pode saber o que foi debatido e aprovado na reunião e, ao mesmo tempo, conseguimos ter um instrumento de trabalho, que até poderá verificar a incompatibilidade do deputado em alguma situação”, salientou João Moura.
O presidente da AM anunciou ainda a criação de um monumento de homenagem aos eleitos locais, instalado em frente aos antigos Paços do Concelho.
“Beneficiámos das iniciais da Assembleia Municipal de Ourém – AMO. As insígnias não foram escolhidas ao acaso. Neste monumento, fica assim perpetuado o amor de cada um dos eleitos à sua terra. O material escolhido foi a pedra calcária, matéria-prima nobre da nossa região que sustenta uma das maiores actividades económicas do concelho, a indústria extractiva. Os recursos são parcos, mas a peça foi oferecida por um mecenas”, informou.
O outro projecto é dirigido aos jovens, do 5.º ano até ao secundário, e desafia-os a desenvolverem um projecto para o concelho, espoletando a sua participação cívica. A Assembleia Jovem de Ourém será um espaço de reflexão e debate entre jovens, onde se “apela à criatividade”.
“Tentámos que os jovens valorizassem o património municipal e desafiámos os jovens a apresentarem ideias para melhorar o concelho. Vamos levá-los ao palco da AM, onde vão apresentar os seus projectos, esclarecer dúvidas e até receber contributos”, adiantou João Moura, que explicou que não se trata de “um orçamento participativo, mas ideias que depois poderão vir a ser executadas pela Câmara”.
Segundo João Moura, “estes projectos são um despertar a nível nacional para o devido respeito que as Assembleias Municipais merecem”.