A Associação “Praça Maior”, responsável pela organização das corridas de toiros na Monumental “Celestino Graça”, promoveu, no dia 4 de Dezembro, o Jantar dos Abonados que teve lugar na Quinta do Castilho, em Vale de Figueira.

O jantar serviu de mote para uma despedida na gestão do tauródromo escalabitano, mas também um agradecimento aos abonados, que através do seu contributo, permitiram uma antecipação de algumas receitas que servem para fazer face aos elevados encargos decorrentes da organização das corridas de toiros.

“A Associação Praça Maior dá por terminado aqui o seu trabalho. Cumprimos a missão que era revitalizar a Praça. Somos um grupo de amigos, somos amadores, não há fins lucrativos. Ninguém foi remunerado pelo trabalho desempenhado. E isso é um modelo que tem um prazo. Era uma missão especifica”, esclarece Diogo Palha, da Associação ‘Praça Maior’.

As temporadas de 2020 e 2021 foram, como se compreenderá, excepcionais, devido ao surto pandémico da Covid-19, mas também devido a alguma infelicidade de alguns dos protagonistas da festa.

“Esta temporada foi especialmente difícil, condicionada pelo covid, as corridas de Junho foram canceladas na véspera. Nós cumpríamos todas as regras, mas a certa altura acabamos por ser impedidos. Tínhamos uma corrida esgotada e outra a caminho, e acabamos por ter de adiar. Foi possível depois fazer em Setembro, mas já não foi possível fazer a temporada toda”, refere o elemento da organização.

“As corridas só podem ser consideradas um êxito, num fim de semana que já não é de feira, e mantivemos uma das corridas cheia. Na corrida do mano-a-mano tivemos a infelicidade de ter os dois cavaleiros a sofrerem lesões que os impediram de estar presentes. Acabamos por poder avançar, substituindo os cavaleiros. Foi uma temporada com alguns constrangimentos que limitaram um pouco o que podia ter sido uma temporada redonda que gostaríamos que tivesse acontecido”, vinca.

Como gestores da maior praça de touros do País, a ‘Praça Maior’ introduziu na gestão do tauródromo, com enorme sucesso, a estratégia de venda de bilhetes para os diversos espectáculos, tendo criado diversos tipos de Abono. Mas a Associação fez muito mais que gerir a Praça ‘Celestino Graça’, modernizou e preparou o espaço para o futuro.

“Estava muito degradada, teve que ser pintada duas vezes, a numeração teve que ser feita três vezes. É preciso cuidar dela, não podemos estar 10 anos sem cuidar dela. Não tinha portas em alguns lados, não tinha algumas cadeiras, casas de banho com retretes de 64, era um conjunto de coisas que já não serviam. Foi possível fazer algumas coisas importantes, electrificámos os bares, a bilheteira não tinha electricidade, nem para ligar um computador, hoje em dia não é possível trabalhar assim”, destaca.

Já em relação ao fim da ‘Praça Maior’ como gestora do espaço, Diogo Palha esclarece que foi terminada uma missão mas que a Associação irá continuar próxima da festa dos touros.

“A Associação não acaba, mas a sua missão enquanto gestora da praça neste momento termina para dar lugar a um novo ciclo. A Santa Casa comunicou-nos que veria com bons olhos a nossa continuação, mas nós achamos que a praça deve entrar no seu ciclo normal”, admite.

“A associação foi feita para ter uma componente formal, que era necessária, somos 8 amigos, 8 antigos elementos do grupo de Santarém, e grande parte do que nos levou a fazer isto foi o nosso grupo de forcados, que é o grupo da terra e em 2018 não tinha pegado na sua terra. Vamo-nos manter como associação de aficionados, próximos da festa dos toiros. Seremos úteis naquilo que pudermos”, conclui.

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