É já dia 7 de Outubro, sábado, às 16h30, que a apresentação do livro “O Profeta da Galileia: Da frustração messiânica ao desígnio redentor”, se realizará em Santarém, na Casa do Brasil.
Tecnicamente será editado pela Cosmos e apoiado pela Cátedra da UNESCO da UE e pela Câmara Municipal de Santarém.
O autor do prefácio é o Professor Vítor Serrão que será o apresentador da obra em Santarém em parceria com Frei Bento Domingues. Segundo Aurélio Lopes, “em termos temáticos pudemos dizer que o Estudo respeita à vida de Jesus e aos inícios do Cristianismo, tanto quanto os dados existentes e sustentáveis (tanto cristãos como não cristãos, tanto canónicos como apócrifos), permitem perceber. Messias judaico, que liderou uma fracassada insurreição contra os romanos, da qual resultou a sua prisão, condenação e morte. E cuja frustração mereceu mais tarde, dos seus seguidores, uma intensa espiritualização; transformando-o, gradualmente, num Deus Redentor; modelo teosófico na altura frequente no Mundo Mediterrâneo, mas, completamente estranho à tradição religiosa judaica”.
Do estudo efectuado, ainda segundo o autor da obra, avultam algumas considerações e teses mais ou menos inesperadas. Hipóteses prováveis e improváveis, plausíveis ou meramente possíveis.
“Desde logo a existência histórica de Jesus, o significado dos termos Nazaré e “nazareno”, a problemática de Belém, o papel de Bar Abbas ou “Barrabás”, a culpabilidade de Judas, a natureza de Madalena, a complexidade mítica do episódio tardio dito da “matança dos inocentes”, os diversos irmãos de Jesus ou a data do nascimento do mesmo que marca, afinal, a cronologia moderna”, refere Aurélio Lopes ao Correio do Ribatejo.
Estes e muitos outros assuntos, analisados sem inibições analíticas, mas, igualmente, sem propósitos prévios de mistificação ou desmitificação, esperam por todos nós. “Afinal, antes de ser uma personagem sagrada (ou sacralizada) Jesus foi um personagem histórico; embora de uma historicidade muito diluída num processo milenar de continuadas adequações canónicas e pastorais”, conclui o autor de “O Profeta da Galileia: Da frustração messiânica ao desígnio redentor”.