O País e a região vão dar as boas-vindas ao Ano Novo num cenário de contenção: o surgimento da variante Ómicron voltou a colocar o planeta em emergência, mas a confiança na vacinação é grande. Por isso, os autarcas da região mostram-se confiantes que 2022 poderá ser “o ano de regresso à normalidade”. Importa, por isso, perspectivar o futuro num quadro de recuperação económica que terá de ter, necessariamente, respaldo num cenário de estabilidade governativa. Como desafios para o ano que agora se inicia, os autarcas elegem o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e, do ponto de vista autárquico, as novas competências vindas do Estado, nomeadamente ao nível da Educação, da Acção Social e da Saúde.

“Este será um ano de muitas oportunidades”

Ricardo Gonçalves – Presidente da Câmara Municipal de Santarém

Acredita que 2022 é o ano que vai marcar o fim da pandemia covid-19 e a retoma à normalidade?
É uma pergunta à qual ninguém pode responder com certezas. Mas, não tenho dúvidas que é o desejo de todos nós, e que com elevados níveis de vacinação, mais tarde ou mais cedo vamos ter um regresso à normalidade.

Qual será o maior desafio que Santarém e a região vão enfrentar no próximo ano?
Do ponto de vista autárquico, o maior desafio será o facto de os municípios ficarem com novas competências vindas do Estado, nomeadamente ao nível da Educação, da Acção Social e da Saúde. Estas competências vão ter um custo de proximidade para os municípios que não está reflectido no Orçamento de Estado.
Santarém e os restantes municípios da Região no próximo ano têm que conseguir projectos estruturantes no PRR, no P2030 e no PNI2030 (que acredito que com um novo Governo ainda venha a ser alterado). A CIMLT e a CIMT têm dos piores indicadores económicos de Portugal, e isso é conhecido de todos, estamos no vermelho e em divergência negativa com grande parte do País, o Governo sabe, mas teima em levar investimento só para o litoral.

O ano vai arrancar com eleições antecipadas. Na sua perspectiva é essencial que o País tenha estabilidade governativa?
Sim, a estabilidade é fundamental numa governação. Nós em Santarém sempre a procurámos desde 2013, mesmo quando tivemos maioria absoluta. Defendo o mesmo para o Governo de Portugal. Mas também são necessárias reformas estruturais em Portugal. Não é admissível que se tenha um modelo de desenvolvimento económico que pague dos salários mais baixos da UE, ao mesmo tempo que se tem das maiores cargas fiscais da UE. Nos anos 90 do século passado os portugueses tinham cerca de 90% do rendimento médios dos nossos vizinhos espanhóis, hoje pouco mais de 50%.

Que mensagem quer deixar à população, em particular à de Santarém, para 2022?
Votos de Festas Felizes para todos. E que podem acreditar que apesar de ser um ano que ainda terá dificuldades de ordem pandémica e económicas, também será um ano de muitas oportunidades. Que nos centremos todos nessas oportunidades, e como digo muitas vezes, sempre que os escalabitanos se unem não há dificuldade que não possa se ultrapassada nem objectivo que não possa ser atingido.

“O vírus veio para ficar e nós temos de encontrar formas de fazer a nossa vida da forma mais normal possível”

Pedro Ribeiro – Presidente da Câmara Municipal de Almeirim

Acredita que 2022 é o ano que vai marcar o fim da pandemia covid-19 e a retoma à normalidade?
Tenho essa esperança, mas é verdade que também já a tínhamos todos em 2021. Espero que a evolução da ciência nos permita com uma nova geração de vacinas e sobretudo com os medicamentos que já estão a ser autorizados o regresso à normalidade. O vírus veio para ficar e nós temos de encontrar formas de fazer a nossa vida da forma mais normal possível.

Qual será o maior desafio que Almeirim e a região vão enfrentar no próximo ano?
No caso concreto de Almeirim estou certo que será um ano de inicio de concretizações no terreno de grandes investimentos que representam cerca de 250 milhões de euros e quase mil postos de trabalho directos, através da Mercadona e da Fresh52 (cenouras). A região precisa de garantir que a ITI – Intervenção Territorial Integrada que estamos a negociar com as CIM do Médio Tejo e Oeste e com o Governo seja uma realidade.

O ano vai arrancar com eleições antecipadas. Na sua perspectiva é essencial que o País tenha estabilidade governativa?
É fundamental que haja estabilidade governativa. Sem isso não será possível aproveitar o PRR e dar a confiança que todos precisamos para o retomar ainda mais acelerado da economia. Temos ainda outras decisões fundamentais como a nova NUT II e a regionalização que necessitam de paz política.

Que mensagem quer deixar à população, em particular à de Almeirim, para 2022?
Uma mensagem de esperança e de cuidado. De esperança no futuro fruto de um passado de muita resiliência e de muitos sacrifícios pelos quais todos passámos, mas que nos prepararam melhor para esse futuro. De cuidado com a pandemia, cumprindo as regras individuais de segurança, para que não deixemos de fazer a nossa vida dentro da maior normalidade possível.

“Temos a esperança que 2022 seja efectivamente um ano de retoma das nossas vidas”

Francisco Oliveira – Presidente da Câmara Municipal de Coruche

Acredita que 2022 é o ano que vai marcar o fim da pandemia covid-19 e a retoma à normalidade?
Nós temos a esperança que 2022 seja efectivamente um ano de retoma das nossas vidas aos mais diferentes níveis. Ainda assim sabemos que este vírus não vai passar, apesar dos elevados níveis de vacinação temos de estar atentos e cumprimos as regras de prevenção e mitigação individuais e colectivas.
Importa criar condições para o reforço da economia, quer ao nível público quer ao nível empresarial, para recuperarmos o crescimento económico do país.

Qual será o maior desafio que Coruche e a região vão enfrentar no próximo ano?
Um dos principais desafios que identifico, não só para o nosso concelho, mas também para a região e para os territórios do interior está relacionado com a demografia, cujas dinâmicas teremos que inverter, no sentido de atrair e fixar população.
Neste contexto de pandemia, o nosso território mostrou ser atractivo para a fixação de pessoas, que fugiram dos grandes centros urbanos e privilegiaram a qualidade de vida, a natureza e o mundo rural.
E aqui, surgiu outro grande desafio, é fundamental garantir as acessibilidades digitais, ou seja, a cobertura de rede de fibra óptica e móvel em todas as freguesias, pois a opção pelo teletrabalho é hoje uma realidade, que devemos capitalizar para a atenuação do desafio demográfico.
Só conseguiremos ultrapassar este desafio através da captação de investimento empresarial, gerador de emprego e para o qual já criámos condições de instalação de unidades industriais no nosso novo Parque Empresarial do Sorraia.
Importa ainda, para fazer face aos desafios do futuro melhorar a oferta de habitação no âmbito dos novos programas estatais.

O ano vai arrancar com eleições antecipadas. Na sua perspectiva é essencial que o País tenha estabilidade governativa?
É fundamental e importante que haja estabilidade governativa por forma a transmitir segurança à economia, às empresas e às famílias, projectando Portugal no Mundo. É fundamental que as eleições de dia 30 de Janeiro tragam estabilidade governativa ao País, continuando a rota de crescimento económico e credibilidade em termos internacionais.

Que mensagem quer deixar à população, em particular à de Coruche, para 2022?
Desejo a todos, em particular à população do concelho de Coruche, de coração, um Santo e Feliz Natal, que o Novo Ano seja efectivamente de esperança, de renovação e retoma, mas também de resiliência e que o espírito desta época se prolongue por todo o ano de 2022 com saúde. Votos de Boas Festas.

“A região tem o desafio de recuperar do impacto económico que a pandemia causou”

António Camilo – Presidente da Câmara Municipal da Golegã

Acredita que 2022 é o ano que vai marcar o fim da pandemia covid-19 e a retoma à normalidade?
No momento em que a quinta vaga da pandemia de COVID-19 atinge muitos países, e põe todo o planeta em estado de sítio, é natural que a confiança no regresso à normalidade se ponha em causa. Eu acredito que o Mundo terá que se habituar a lidar com a doença, de uma forma que permita uma vida normal em sociedade, sem que esta esteja totalmente erradicada. Não me parece que consigamos erradicar, por completo, os impactos da transmissibilidade do vírus. A chave está, seguramente, em garantir que o impacto para a saúde de cada infectado seja o mais diminuto possível, sem repercussões de maior para a saúde de cada um.

Qual será o maior desafio que a Golegã e a região vão enfrentar no próximo ano?
O nosso concelho e a nossa região têm o desafio de recuperar do impacto económico que a pandemia acarretou. Em particular, no sector do turismo e da cultura, com grande importância para o nosso concelho, há muito a recuperar, assim existam condições de segurança para a retoma progressiva destas actividades. Estaremos empenhados em criar as condições para que essa recuperação seja o mais eficaz e rápida quanto possível. Depois, de um ponto de vista mais transversal, é muito importante voltar a dar esperança às pessoas. Com as necessidades de isolamento a nossa sociedade enfrentou problemas de sociabilização que, muito provavelmente, se vão repercutir nos próximos anos. Os impactos na saúde mental serão profundos e a longo prazo, muitas vezes bem mais intensos que a nível físico. Depois de tantos meses de ansiedade, a população terá dificuldade em regressar aos comportamentos pré-pandemia e por isso, é primordial que estejamos todos conscientes que é fundamental investir na saúde. Desta forma, os agentes públicos, entre os quais as Câmaras Municipais, devem estar atentos aos sinais e ser os primeiros a actuar.

O ano vai arrancar com eleições antecipadas. Na sua perspectiva é essencial que o País tenha estabilidade governativa?
É importante que o resultado das próximas eleições legislativas permita a formação de um governo estável, seja à esquerda, ao centro ou à direita. Esta questão é de particular importância para as autarquias, principalmente num momento em que todos nos preparamos para aproveitar as oportunidades do Plano de Recuperação e Resiliência e do Portugal 2030. Tudo o que resultar em instabilidade, resultará também em indefinições que se repercutem nas entidades que supervisionam a execução dos fundos comunitários e, consequentemente, terá impacto nos timings de aproveitamento das oportunidades e de colocação em prática dos projectos que temos definidos.

Que mensagem quer deixar à população, em particular à da Golegã, para 2022?
Gostaria de deixar uma mensagem de esperança e de confiança, e que estejamos todos determinados a não ceder ao medo. Vivemos tempos solitários e incertos, com as nossas vidas em espera, mas devemos olhar o futuro com serenidade. Sabemos que a maioria da população confiou em nós para conduzir os destinos do concelho, num período que se afigura crítico pelos motivos que já falámos. Se por um lado isso revela confiança, por outro é, também, uma enorme responsabilidade. No entanto, a mensagem que quero deixar é a de que devem estar tranquilos porque estamos a trabalhar a 100% para corresponder ao programa eleitoral que apresentámos às pessoas e que tudo faremos para desenvolver o nosso concelho. Quero também desejar um Feliz Natal a todos e que consigam usufruir desta quadra natalícia em segurança. 2022 será o ano da recuperação!

“Nos últimos anos, todos fomos postos à prova, mas soubemos responder com elevação e responsabilidade”

Filipe Santana Dias – Presidente da Câmara de Rio Maior

Acredita que 2022 é o ano que vai marcar o fim da pandemia covid-19 e a retoma à normalidade?
Quero acreditar que sim, diria aliás que é extremamente necessário e desejável que assim seja. Diria que é essencial sob dois pontos de vista diferentes, mas obviamente complementares. Em primeiro lugar, do ponto de vista do desenvolvimento económico, é essencial que o tecido empresarial possa retomar a sua plena actividade. Todos conhecemos pequenos e médios empresários cuja actividade ficou altamente comprometida com esta crise sanitária. Em segundo lugar, do ponto de vista social, esta pandemia veio retirar-nos muito daquilo que nos define como comunidade. Os nossos encontros, a nossa partilha, ao fim ao cabo aquilo que nos identifica como povo. Vivemos hoje uma incerteza e uma circunstância que nos põe a pensar em tudo. Vamos vendo os números da pandemia a aumentar, embora sejamos dos países com maior taxa de vacinação. O que é certo, é que apesar de todos os dias termos maior número de infectados, os números em internamentos e UCI’s são, em percentagem, bastante menores do que foram em igual período do ano passado. Estou certo que a terapêutica para a Covid-19 continuará a ter bastantes progressos e que voltaremos à normalidade durante o próximo ano.

Qual será o maior desafio que Rio Maior e a região vão enfrentar no próximo ano?
Bem, diria que o principal desafio que a região atravessa no presente e atravessará no futuro é a necessidade de fixação de pessoas. Quem esteve atento aos últimos censos, facilmente verifica que a quase totalidade dos territórios perdeu população, alguns cerca de 15%! Rio Maior, na Lezíria do Tejo, foi aquele que menos população perdeu, cerca de 0,8%, o que não nos deixando obviamente satisfeitos, nos dá a plena certeza de que partimos de uma boa base de trabalho para podermos melhorar. Rio Maior, é um concelho suis generis, sendo obviamente um concelho Ribatejano, é também altamente influenciado quer pelo Oeste, quer pela sua proximidade ao ambiente serrano da Serra dos Candeeiros. Acabamos por ser a charneira entre o Oeste, a Lezíria e o Médio Tejo. Neste sentido, deixava no ar a opinião de que, na hipotética criação da nova NUT II que tem sido abordada, faria todo o sentido ser equacionada a sua sede no concelho de Rio Maior. Rio Maior, terá como principal desafio no ano de 2022, o correcto aproveitamento dos fundos comunitários, principalmente aqueles contidos no PRR. Acredito que esta será das últimas, senão a última oportunidade do país “apanhar um comboio” que dificilmente passará novamente. As melhorias estruturais que teremos oportunidade de implementar, poderão aumentar em muito a competitividade dos territórios, assim o País tenha a inteligência e a capacidade de dirigir estes fundos para aquilo que é realmente necessário, não os desperdiçando em foguetório e obras que em nada correspondem à necessidade do País.

O ano vai arrancar com eleições antecipadas. Na sua perspectiva é essencial que o País tenha estabilidade governativa?
Obviamente que sim. As soluções de governo que foram encontradas nos últimos anos foram altamente prejudiciais ao país em alguns sectores. Para mim, é obviamente difícil ter uma opinião totalmente isenta, sou militante de um partido diferente daquele que está em funções. Ainda assim, ousarei tecer opinião acerca do que temos vindo a verificar estes anos de governação socialista. Quando foram criadas as “pontes” entre o Partido Socialista e a esquerda “menos moderada”, foi criada uma “paz podre” que teria à partida os seus dias contados. Este governo, foi ao longo dos tempos “escravo” da viabilização desta solução governativa por parte dos partidos mais à esquerda, o que obrigou a tomar decisões e a implementar medidas que seriam impensáveis num governo PS com suficiente apoio próprio parlamentar. Respondendo directamente à questão, creio que os partidos moderados, do chamado “arco da governação”, deverão aguardar pelo resultado das próximas eleições legislativas e em caso de nenhum obter maioria absoluta, criar condições de efectiva e verdadeira estabilidade. Tenho obviamente preferência acerca de quem está melhor colocado para liderar o próximo governo de Portugal, em cuja seriedade e competência deposito as minhas esperanças para que possam ser dados novos horizontes a Portugal. Em súmula, dizer que os portugueses deverão pronunciar-se, e após esta pronúncia deverá ser encontrada uma solução que garanta uma legislatura estável, politicamente tranquila. Neste processo, creio ser de indispensável importância o papel do Presidente da República de Portugal que, na minha modesta opinião e em caso de existir um vencedor minoritário nas próximas eleições, apenas deverá empossar um governo que garanta condições de estabilidade, clara e publicamente assumida.

Que mensagem quer deixar à população, em particular à de Rio Maior, para 2022?
Uma mensagem de agradecimento e de esperança. Nos últimos anos, todos fomos postos à prova, e a população Riomaiorense, soube sempre responder com elevação e responsabilidade a tudo aquilo que as condições nos exigiram. Todos fomos forçados a imprimir mudanças significativas no nosso ‘modus vivendi’, e em Rio Maior fizemo-lo com bastante sacrifício de todos. Passámos por dificuldades bastante exigentes, mas soubemos sempre enquanto comunidade dar uma resposta à altura do desafio. Por tudo isto, considero-me um afortunado autarca. Poder ser presidente de um Município com tão nobres gentes, é sem dúvida um privilégio e por isso mesmo devo e quero agradecer a todos os Riomaiorenses.
Uma mensagem de esperança, porque acredito que depois da tempestade, terá lugar a bonança. Acredito, como disse anteriormente, que o próximo ano, será não só um ano de retoma, como também um ano de conseguir atrair grandes investimentos para o nosso concelho, catapultando as oportunidades do nosso território e continuando a garantir aquela que é uma das principais metas que defendo e que acredito que nos diferencia, a qualidade de vida experienciada no nosso concelho.
Desejo que o próximo ano, nos traga principalmente saúde e espírito de união porque acredito que somente unidos em torno de objectivos comuns poderemos alcançar tudo aquilo a que nos propomos e que o concelho de Rio Maior merece. Um feliz 2022!!!

“Só com a ajuda e colaboração de todos será possível vencer os desafios”

Sérgio Oliveira – Presidente da Câmara Municipal de Constância

Acredita que 2022 é o ano que vai marcar o fim da pandemia covid-19 e a retoma à normalidade?
Sim, acredito. Com o esforço que está a ser efectuado para o aumento da vacinação, não apenas na Europa, mas também no conjunto de países ditos subdesenvolvidos, acho que 2022 será o ano de regresso à normalidade.

Qual será o maior desafio que Constância e a região vão enfrentar no próximo ano?
Os desafios são vários. Neste momento, e tendo em conta os projectos que estamos a desenvolver, a principal dificuldade vai ser em encontrar mão-de-obra para a sua execução. Tenho receio que o País não tenha capacidade de resposta para o cumprimento das metas do PRR e do novo quadro comunitário de apoio. A construção civil atravessa grandes dificuldades quer na mão de obra, quer na disponibilidade de materiais.

O ano vai arrancar com eleições antecipadas. Na sua perspectiva é essencial que o País tenha estabilidade governativa?
Acho fundamental a existência de estabilidade. Nenhuma nação, empresa ou instituição alcança o desenvolvimento sem estabilidade. Acho que devemos procurar os bons exemplos de estabilidade em alguns países europeus.

Que mensagem quer deixar à população, em particular à de Constância, para 2022?
Quero deixar uma mensagem de esperança para o próximo ano. É fundamental que acreditemos na nossa terra e nas suas potencialidades, só com a ajuda e colaboração de todos será possível vencer os desafios que aí vêm.

“É importante termos estabilidade governativa”

Hélder Esménio – Presidente da Câmara de Salvaterra de Magos

Acredita que 2022 é o ano que vai marcar o fim da pandemia covid-19 e a retoma à normalidade?
Todos queremos acreditar que o ano de 2022 permitirá, pelo menos no 2º semestre, o regresso à normalidade. Contudo, isso está muito dependente de se encontrar um medicamento que trate a doença ou pelo menos mitigue a sua transmissão.

Qual será o maior desafio que Salvaterra de Magos e a região vão enfrentar no próximo ano?
Julgo que a assunção plena das delegações de competências a partir do próximo dia 1 de Abril, em particular, as na área da educação, saúde e acção social, vão ser um enorme problema quer no período de transição, como no seu financiamento, a par de os Municípios encontrarem um modelo de gestão de tantos “novos” funcionários que representam, no caso do concelho de Salvaterra de Magos, quase mais 45% do que aqueles que hoje temos no nosso Mapa de Pessoal, ainda mais sem nada estar previsto que permita financiar a ampliação das instalações municipais para as ajustar a uma nova realidade.

O ano vai arrancar com eleições antecipadas. Na sua perspectiva é essencial que o País tenha estabilidade governativa?
É importante a estabilidade governativa, pois o Poder Local perde muito com a sucessiva substituição dos governantes, pois iniciamos conversações e negociações com uns e depois tudo tem de recomeçar com a sua eventual substituição, estando os processos parados durante largos meses. Essa ausência de interlocutor também não nos permite definir com clareza objectivos estratégicos, o que é fundamental para as tomadas de decisão dos autarcas. Que caminho vamos ter de trilhar, como nos preparamos para ele, que projectos desenvolver, como se fará o seu financiamento, são algumas das questões que se colocam.

Que mensagem quer deixar à população, em particular à de Salvaterra de Magos, para 2022?
Uma mensagem de esperança e de confiança no futuro, garantindo-lhes que vão continuar a ter no Município, e seguramente também nas freguesias, autarcas atentos, presentes e empenhados, que vivem em exclusividade de funções os problemas que se colocam às populações e que dentro do quadro legal e financeiro existentes vão fazendo um percurso que paulatinamente as vai resolvendo. O Orçamento para o próximo ano é disso um bom exemplo, pois continua a privilegiar a educação, a cultura e o desporto, reforça meios para a acção social, as freguesias e a protecção e o socorro das populações, vai manter o esforço de divulgação e promoção do concelho como meio para revitalizar a economia local e vai continuar atento à mobilidade das pessoas e à segurança rodoviária.

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