A empresa de produtos alimentares Avipronto, em Azambuja, encerrada há uma semana devido a casos de covid-19, retomou esta segunda-feira, 11 de Maio, a laboração com 10% dos 300 trabalhadores e um reforço da higienização.

“Foi-nos dada uma lista com aquelas pessoas que estavam em condições para poder reabrir e deram-nos uma listagem com 150 pessoas, das 300 que temos. Como queremos levar isto de forma gradual, decidimos abrir com 30 trabalhadores”, disse o presidente do conselho de administração da Avipronto.

Luís Vieira falava aos jornalistas após uma reunião com o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, que coordena à resposta à covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo, a Câmara de Azambuja, autoridades de saúde e representantes das empresas da Plataforma Logística de Azambuja, para discutir os casos da covid-19 que surgiram na zona.

A Avipronto, situada naquela plataforma, no distrito de Lisboa, tinha fechado no dia 2 de Maio, depois de terem sido detectados 38 casos positivos de infecção pelo novo coronavírus entre os funcionários, para se realizarem testes a todos os cerca de 300 trabalhadores.

Luís Vieira referiu que a empresa reforçou a higienização de todo a área de operação, que vai continuar a medir a temperatura a todos os trabalhadores, agora divididos em dois turnos.

Questionado sobre a posição do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB), que disse que os trabalhadores da indústria da carne “deviam ter sido protegidos e não foram”, o responsável da Avipronto ressalvou que tal não se aplica à sua empresa.

“Todos eles têm máscara, óculos ou viseira, fato protector, um avental, botas higienizadas”, exemplificou, acrescentando que a ideia de testar todos os trabalhadores partiu da administração.

A esse propósito, Luís Vieira disse que solicitou à Direção-Geral da Saúde (DGS) que fosse feito um novo teste aos trabalhadores que tiveram um primeiro teste negativo.

O presidente da Avipronto defendeu ainda a necessidade de existir um reforço do transporte ferroviário, de forma a evitar aglomerações, e uma maior fiscalização, para prevenir comportamentos de risco.

“Muitas destas empresas trabalham em turnos. É necessário que durante a noite haja uma regularidade em termos de comboios, que permitam às empresas desenvolver a sua actividade. Também é preciso que faça em segurança e haja fiscalização”, defendeu.

Leia também...

Número de casos positivos de covid-19 sobe para 229 e região regista mais um óbito

O distrito de Santarém registou esta segunda-feira, 6 de Abril, um aumento de 18 casos positivos, elevando para 229 o número total de infectados…

Nove funcionárias de lar em Alcanede infectadas com covid-19

Nove das 12 funcionárias do Centro Social Serra do Alecrim, em Alcanede, concelho de Santarém, que prestam serviço domiciliário, testaram positivo à covid-19, tendo…

VÍDEO | Onda de assaltos alarma Centro Histórico de Santarém

Foto: Alexandre Tavares, proprietário de uma das lojas assaltadas. Pelo menos cinco lojas do Centro Histórico de Santarém foram assaltadas esta madrugada. Os autores…

Câmara do Entroncamento aprova contas de 2019 com saldo positivo de 1,2 ME

A Câmara do Entroncamento aprovou as contas de 2019, que apresentam um saldo positivo de cerca de 1,2 milhões de euros e uma dívida…