O BE e o CDS querem esclarecimentos do Governo sobre o “caos” no serviço de comboios regionais na Linha do Norte e no ramal de Tomar, nomeadamente devido à redução do número de carruagens.

“De manhã, na deslocação de Tomar para Lisboa, a partir do Entroncamento, já não há lugares sentados. No regresso, à tarde, o cenário inverte-se: muitas vezes, em Lisboa-Oriente, centenas de passageiros não conseguem entrar em comboios que minutos antes já partiram lotados de Lisboa-Santa Apolónia”, afirma um comunicado do Bloco de Esquerda, indicando que o seu deputado eleito pelo distrito de Santarém, Carlos Matias, irá interpelar o Governo, liderado pelo socialista António Costa, sobre este “caos”.

Também os deputados do CDS-PP Patrícia Fonseca (eleita por Santarém) e Hélder Amaral questionaram hoje o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, sobre se “tem conhecimento do que diariamente se passa nos comboios que ligam Lisboa a Tomar e das situações amplamente denunciadas pelos utentes”.

Os deputados centristas perguntam se as situações denunciadas pelos utentes resultam de ajustamentos nos horários, de ajustamentos no número de carruagens em cada comboio ou, ainda, da degradação e consequente falta de material circulante para responder à procura e ao número de utentes da linha.

Na pergunta entregue no parlamento, os deputados questionam Pedro Marques sobre “que medidas estão a ser tomadas para resolver com urgência” uma situação que está a provocar “graves prejuízos, financeiros, pessoais e profissionais aos utentes que mensalmente compram passes, cujo elevado preço não corresponde, de todo, ao serviço prestado”.

Os deputados referem as notícias que, nos últimos dias, relatam “problemas de sobrelotação, falta de condições e supressões sem aviso prévio de comboios entre Lisboa e Tomar”, bem como as “ininterruptas queixas de utentes desta linha” nas redes sociais e na própria página de Facebook da CP.

“É inegável o estado de calamidade em que se encontra a rede ferroviária nacional, em absoluto contraste com a imagem de modernidade que o Governo e a administração da empresa pretendem passar”, sublinham.

Também a distrital de Santarém do BE afirma que a “degradação do serviço há muito esgotou a tolerância dos passageiros”.

“Os protestos são quase diários, com discussões, comboios retidos nas estações e acionamentos indevidos do sinal de alarme”, sublinha, referindo as “condições deploráveis” em que viajam estes utentes, “com muitas pessoas amontoadas em pé, ao longo de largas dezenas de quilómetros”, estando em causa “a segurança dos passageiros e tripulações”.

Foto: André Espinha

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