O Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre o “grave problema de poluição” deixado pela Fabrióleo, no concelho de Torres Novas, lembrando que a empresa encerrou deixando cheios de produtos perigosos a ETAR, lagoas e depósitos.

Numa pergunta entregue no parlamento, dirigida ao Ministério do Ambiente, o deputado bloquista Pedro Filipe Soares afirma que as populações “temem um desastre grave para o meio ambiente e para a sua segurança”, lembrando que as lagoas e a estação de tratamento de águas residuais (ETAR) despejam para o ribeiro do Cerradinho e para a ribeira da Boa Água, que desaguam no rio Almonda, o qual “alimenta a Reserva da Biosfera do Paúl do Boquilobo e termina no rio Tejo”.

No documento é referido que, há duas semanas, “foi feita uma descarga [acidental ou provocada] dos depósitos verticais para os terrenos que os circundam”, sendo “bens visíveis as marcas no chão para onde escorreu o líquido, sem que se saiba as consequências e a responsabilidade de tal ato”.

No texto é acrescentado que, num terreno contíguo à Fabrióleo, conhecido por Compalcis (outra empresa dos mesmos proprietários), durante anos foram depositadas lamas, umas enterradas outras a céu aberto, numa “situação de crime e de perigo iminente para o meio ambiente”.

Assim, o BE pergunta como prevê o Ministério do Ambiente intervir, a curto prazo, nomeadamente para retirar os produtos que se encontram no interior do tanque e das lagoas, para restabelecer a legalidade urbanística e promover a desmontagem dos equipamentos, na sua maioria obsoletos, e para uma “intervenção no subsolo que circunda a Fabrióleo e os terrenos da Compalcis, de modo a averiguar que tipo de resíduos foram aí enterrados durante anos”.

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