O Bloco de Esquerda quer saber se o Governo vai fazer o reforço “urgente” do quadro de pessoal do Banco Português de Germoplasma Animal (BPGA), alertando para a “situação precária” desta estrutura situada em Santarém.
Na pergunta entregue no parlamento, o BE refere que o BPGA conta actualmente com apenas cinco trabalhadores, sendo que quatro investigadores estão “em vias de aposentação”, deixando em risco a transmissão do conhecimento adquirido, questionando quantos e quando serão contratados novos profissionais e que medidas serão tomadas para a progressão na carreira que reconheça o trabalho desenvolvido pelos actuais ao longo de décadas.
Por outro lado, a pergunta, que tem por primeira subscritora a deputada eleita pelo distrito de Santarém Fabíola Cardoso, questiona se o Governo considera “aceitável que o BPGA não seja reconhecido juridicamente como uma entidade autónoma, como se verifica com o Banco Português de Germoplasma Vegetal” e se pretende rever a situação.
O texto realça a importância da preservação das raças autóctones e do “património genético único destas raças”, algumas “ameaçadas de extinção”, em particular “no contexto actual de crise ambiental e climática no qual é urgente efectivar a transição ecológica da agricultura, através de políticas de promoção dos sistemas de produção florestal, agrícola e pecuária extensivos, onde as raças autóctones desempenham um papel central”.