A Bienal de Artes de Coruche começa no sábado, mostra, até 13 de Outubro, obras inspiradas na toponímia do Bairro Novo e oferece uma programação que abrange várias áreas artísticas.

Sob o mote “As artes invadem o Bairro”, a Bienal centra-se nesta edição no Bairro Novo, zona residencial da vila a que a Câmara de Coruche, quer “dar alguma renovação e dinamismo”.

Através do projecto Envolvências Locais, a Bienal promove a participação da comunidade e desafia artistas visuais, nacionais e estrangeiros a realizarem “trabalhos criativos e inovadores, tendo como referência o contexto histórico, social, cultural, económico e geográfico do território onde se insere” o evento, afirma uma nota da Câmara de Coruche.

“Aproveitando as edificações devolutas e os espaços públicos descaracterizados”, o objectivo foi “incentivar a população a colaborar e a interagir com o movimento artístico”, num projecto que conta com 150 participações individuais e 37 associações envolvidas.

O desafio foi o de, a partir da toponímica das ruas do Bairro Novo, alusiva às antigas colónias portuguesas, serem produzidos trabalhos artísticos que têm “como base símbolos/objectos relacionados com a cultura” daqueles países, com cada rua a receber as peças referentes ao país que lhe dá nome.

O evento volta a incluir uma exposição fotográfica, tendo os fotógrafos amadores e profissionais de Coruche sido convidados a registar o bairro, as suas gentes e vivências, havendo ainda espaço para a partilha de fotografias antigas de moradores e da comunidade em geral, recolhas que integrarão a exposição “Bairro Novo: o passado e o presente”.

Esta edição teve como novidade a realização, entre Maio e Julho, de residências artísticas, com a permanência de 11 artistas na vila de Coruche durante três semanas, “permitindo que conhecessem melhor a região e a cultura locais e se deixassem inspirar pelas mesmas na concepção das suas obras”, acrescenta.

A partir de sábado e até 13 de Outubro, no pátio da antiga escola do Bairro Novo, os visitantes poderão participar em ‘workshops’ de dança tradicional, de caligrafia, recortes de papel, artesanato, tatuagens Henna, mostras de gastronomia e outros eventos relacionados com África, Índia, Macau e Timor.

Haverá ainda uma mostra de cinema, que inclui filmes do cineasta timorense Victor de Sousa Pereira, e uma conversa com os realizadores coruchenses João Alves, João Domingos, Carlos Amaral, Frederico Ferreira e Tânia Prates.

A investigadora Maria do Carmo Piçarra falará acerca da temática abordada no filme “Vitória ou morte: a queda da Índia Portuguesa”, de Pedro Efe e Pedro Madeira, numa sessão que contará com o soldado coruchense Sérgio Gomes, que esteve em Diu, na Índia.

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