O presidente da Câmara de Torres Novas disse que as buscas realizadas pela Polícia Judiciária (PJ) na autarquia, esta semana, estão relacionadas com um processo de contratação de uma empresa.

Em declarações à Lusa, o socialista Pedro Ferreira, disse que “as averiguações da PJ tiveram origem em denúncia anónima”, tendo referido que “foi prestado todo o apoio e colaboração no âmbito da investigação e na consulta de processos”, que estarão ligados a uma junta de freguesia e a um contrato com uma empresa de corte de ervas.

“A PJ esteve aqui como esteve na Junta de Freguesia de Santa Maria. Aliás, ao longo dos anos este tipo de inspeções são normais, seja por parte das Finanças, do Tribunal de Contas, ou da PJ, e colaboramos em todos os processos, fornecendo dados e documentação para as respetivas averiguações, estando a Câmara de consciência tranquila relativamente a tudo isto”, afirmou o autarca.

Pedro Ferreira disse ainda que “a denúncia anónima será referente ao período da campanha eleitoral de 2017” e que “terá a ver com um contrato com uma empresa de corte de ervas”, tendo assegurado que “todos os contratos da Câmara Municipal são feitos com toda a lisura”.

A concelhia do Bloco de Esquerda (BE) de Torres Novas, criticou a “omissão” à vereação da ação da Polícia Judiciária nas instalações municipais, tendo referido ser do “conhecimento público que a Polícia Judiciária esteve nas instalações da Câmara Municipal de Torres Novas e da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Torres Novas, Santa Maria, Salvador e Santiago”.

Em comunicado, o BE diz que “é do conhecimento público porque se fala do assunto” e “não que o presidente da Câmara e o Partido Socialista (cuja sede também foi visitada) se tenham dignado informar os/as munícipes sobre o facto”, defendendo que o presidente da câmara “tinha a obrigação” de informar.

“Não foi o caso da Câmara de Torres Novas, que optou pelo secretismo, não informando parte dos vereadores sobre o que se estava a passar, tendo o presidente apenas dito que estas ‘visitas’ são ‘normais’ e que se tratava de contratos efetuados pela Junta de Freguesia a uma empresa, por ajuste direto”, acrescenta.

O BE, continua, “veio depois a ter conhecimento que a PJ esteve durante (…) dois dias, novamente, nas instalações da Câmara, desta vez a consultar processos da Divisão de Urbanismo”, tendo criticado uma prática que disse ser “secretista e de falta de respeito” face à vereação.

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