Os caminhos que os peregrinos mais percorrem até ao Santuário de Fátima vão constar de três livros, nos quais são dadas indicações sobre o património cultural e religioso que os integram e que serão apresentados no dia 12.
Os Roteiros dos Caminhos de Fátima são uma iniciativa do Centro Nacional de Cultura, desenvolvida no âmbito do Programa Valorizar, apoiado pelo Turismo de Portugal.
O Santuário de Fátima avança que os três caminhos que passarão a estar em livro são o do Tejo (entre Lisboa e o santuário), o da Nazaré (entre Nazaré e o santuário) e o do Norte (entre Valença e o santuário).
Os roteiros “têm por finalidade disponibilizar, de forma sistemática, ampla e gratuita, informação completa sobre estes percursos, com destaque para a paisagem, o património, a cultura e as ambiências locais”, explica.
Impressos em três línguas (português, inglês e espanhol), os roteiros apresentam a cartografia associada a cada um dos caminhos e conteúdos descritivos sobre cada um dos itinerários.
“No final de cada roteiro, há um conjunto de informações sobre o Santuário de Fátima, a que o Centro Nacional de Cultura está intimamente ligado desde a sua criação”, acrescenta.
Cada roteiro apresenta ainda uma descrição dos lugares mais emblemáticos do santuário, desde as basílicas à capelinha.
Os Caminhos de Fátima são uma rede de itinerários religiosos e culturais que partem de diferentes locais e que terminam no santuário.
“Têm por finalidade criar condições seguras e aprazíveis para peregrinos e caminhantes que se dirigem ao Santuário de Fátima, evitando as estradas com grande circulação automóvel em favor de caminhos de terra e de pequenas estradas rurais com pouca circulação”, explica.
Estes caminhos são desenvolvidos pelo Centro Nacional de Cultura (entidade titular do projecto e proprietária da respectiva marca) e implementados em parceria com várias instituições (autarquias, Turismo de Portugal, associações, organismos públicos e entidades civis e religiosas), em articulação com o Santuário de Fátima.
Esta rede de itinerários religiosos e culturais pode articular-se com outros itinerários de âmbito nacional e internacional, como os Caminhos de Santiago ou as Rotas Marianas.
“Actualmente, os caminhos existentes são já utilizados por muitos peregrinos, maioritariamente nacionais, mas também estrangeiros”, refere o santuário.
Apesar de a sua dimensão espiritual e religiosa ser predominante, os caminhos têm outras valências, sendo também “utilizados por diversos públicos, com interesses e destinos específicos, sobretudo em troços que revestem de grande interesse cultural e paisagístico para caminhadas locais”, acrescenta.