O Centro de Distribuição Postal em Rio Maior “está com 50 mil objectos acumulados por distribuir”, um atraso que os carteiros, em greve parcial, imputam à “falta de recursos humanos”, com o protesto a estender-se a Santarém e Abrantes.

O concelho de “Rio Maior está neste momento com cerca de 50 mil objectos por entregar e ao dia de ontem [terça-feira] estávamos ainda a entregar objectos do dia 10 de Maio, o que é grave”, disse à Lusa Dina Serrenho, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações.

Além disso, acrescentou, a “falta de recursos humanos está a afectar outras zonas” do distrito de Santarém, onde os carteiros também vão realizar jornadas de protesto.

“Tudo o que é correspondência de água, luz, telefones, baixas e abonos está em prateleira porque não conseguimos entregar”, afirmou, dando conta que “o panorama no distrito é semelhante ao que se passa em Rio Maior, com lutas marcadas em vários centros de distribuição, nomeadamente em Santarém, a partir de amanhã [quinta-feira], em frente aos CTT, e em Abrantes, no dia 24 de Junho”, com protesto diário entre as 08:30 e as 10:30.

Em Rio Maior, onde os carteiros estão em greve parcial de duas horas diárias desde o início de Junho, o protesto é interrompido na sexta-feira, dia 18, mas a dirigente sindical assegurou que “a luta regressa no dia 28 de Junho, se até lá o problema não for resolvido”.

Segundo afirmou Dina Serrenho, “para que este problema seja ultrapassado é necessário que todos os postos de trabalho sejam ocupados e que todos os trabalhadores em férias sejam substituídos”, pois “só assim poderão servir bem a população, cumprindo todos os padrões de qualidade a que a empresa [CTT – Correios de Portugal] está obrigada”.

As estimativas do sindicato apontam para a “necessidade urgente e entrada imediata” de seis carteiros em Rio Maior, oito em Santarém (com distribuição também nos concelhos de Almeirim e Alpiarça) e cinco carteiros em Abrantes,

“O problema da falta de pessoal tem anos”, afirmou a sindicalista, salientando que a greve parcial é “uma forma de informar a população do porquê dos atrasos” na distribuição e de “pressionar a administração” dos CTT.

Dina Serrenho disse ainda que o “problema com escassez de recursos humanos” também se faz sentir no Alentejo, em Alcobaça e em alguns municípios da zona Norte” do país.

“Não temos meios humanos para chegar a casa de cada português, que tem direito a receber a sua correspondência atempadamente, pelo que o que exigimos é a ocupação dos postos de trabalho que estão vagos”, reiterou.

Leia também...

NERSANT promove sessão de esclarecimentos sobre Novas Regras do Regime dos Trabalhadores Independentes

  A NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, em parceria com a Segurança Social, vai dinamizar nos próximos dias 27 e 28…

NERSANT defende melhor formação profissional, melhores infra-estruturas e correcta distribuição do financiamento

A NERSANT acolheu no dia 7 de Janeiro, na Startup Santarém, a sexta e última conferência “Portugal que Faz”, uma iniciativa do Novo Banco…

Fertipower apresenta fertilizantes biológicos na Feira Nacional de Agricultura

Fertipower, uma empresa que está presente no mercado português há cerca de três meses, está presente na nave B da Feira Nacional de Agricultura,…

NERSANT apresenta Viver o Tejo a alunos de Turismo da Universidade de Coimbra

O projecto Viver o Tejo foi apresentado na manhã do dia 14 de novembro a um grupo de alunos de Turismo da Universidade de…