O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) reforçou as medidas do plano de contingência esta segunda-feira, 16 de Março, com a instalação de várias tendas à entrada dos Serviços de Urgência nas três Unidades Hospitalares do CHMT, para triagem a eventuais suspeitos de infecção Covid-19.
A Unidade Hospitalar de Abrantes conta com três unidades, uma em Tomar e outra em Torres Novas. As infraestruturas foram colocadas com o apoio dos respectivos municípios e, também de forças militares, nomeadamente em Abrantes com a colocação de uma tenda militar modular.
Nuno Catorze, director do Departamento de Urgências do CHMT, EPE, explica que “as tendas instaladas à porta dos Serviços de Urgência servirão para pontos de triagem de doentes suspeitos de infeção a Covid 19, sem critérios de gravidade e independentes, onde aguardarão observação clínica e decisão do seu encaminhamento”.
Também as infra-estruturas de restauração e bares sofreram alterações no seu funcionamento. Durante o período de vigência do actual Plano de Contingência ao novo coronavírus (Covid-19) o funcionamento dos bares é exclusivamente destinado a profissionais do Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE, que apenas serão atendidos se devidamente identificados com o respectivo cartão de identificação profissional.
Os utentes do CHMT, EPE, terão ao seu dispor uma “pool” de máquinas de venda automática de produtos de consumo alimentar, situada na zona da consulta externa.
Numa mensagem enviada aos profissionais e colaboradores do Centro Hospitalar do Médio Tejo, o presidente do Conselho de Administração, Carlos Andrade Costa, garante que “este Conselho de Administração tudo fará para minimizar o impacto no esforço acrescido a que todos seremos chamados. Mas, todos sabemos que não haverá dia e não haverá noite. Apenas haverá o nosso esforço, o nosso empenho e o cumprir da nossa Missão, enquanto serviço público a cuidar dos nosso concidadãos”.
Carlos Andrade Costa agradece “a todos pelo espírito sereno, profissional e tecnicamente responsável que permite que o CHMT esteja a adaptar-se a esta ingrata e traiçoeira realidade, que resulta da pandemia por SARSCov2\CoviD-19. E esta palavra ganha um vinculo mais enfático em relação aqueles de entre nós que, desempenhando funções essenciais ao normal funcionamento da Instituição, tem exercido as suas funções voluntariamente até ao nascer do dia seguinte para que, neste quadro adverso, nada falte à cabeceira dos nossos doentes ou nada falte nos stocks avançados dos diferentes serviços”.
O presidente do Conselho de Administração apela ao uso racional dos stocks existentes “que todos teremos que usar com a inevitável parcimónia nos momentos pontuais e no ponto a partir do qual se justifique como regra”, garantindo ainda que “fruto dos investimentos realizados na modernização tecnológica dos equipamentos assistenciais mas, acima de tudo, da inquestionável competência de todos os profissionais do nosso CHMT, estaremos em condições mais vantajosas para lidar com a difícil situação que se aproxima”, reforçou Carlos Andrade Costa.
Já no passado dia 13 de Março, foram implementadas outras medidas, de contenção à propagação do SARS-2 Covid 19, proibindo todas as visitas dos doentes no Internamento e Departamento de Urgência do CHMT, EPE. No caso do Serviço de Pediatria foram mantidas as regras anteriormente definidas, nomeadamente um acompanhante não substituível, obrigatoriamente credenciado junto do Serviço.
Foi proibido o acompanhamento de doentes em ambulatório e no Departamento de Urgências, a não ser quando seja comprovada a necessidade de acompanhante do doente em virtude dos seu estado de dependência.
As consultas externas tenderão a ser não presenciais, ficando essa decisão a cargo do respectivo médico assistente. Os tratamentos de fisioterapia prestados a doentes em regime de ambulatório ficaram suspensos, revertendo a capacidade existente para os doentes em internamento.
Estas medidas, agora em vigor, visam a protecção de doentes e profissionais do Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE, no âmbito da pandemia do novo Coronavírus e manter-se-ão enquanto se justifique, podendo ser alteradas em virtude do evoluir da situação do surto epidemiológico em curso.