Cinco pessoas foram detidas na segunda-feira, 10 de Maio, por suspeita de burlas de simulação de acidente de viação e roubo a pessoas idosas nas zonas de Loures e Lisboa.
Em comunicado, a GNR adianta que no âmbito da operação “Crash”, os militares apuraram que os suspeitos, com idades entre os 23 e os 57 anos, escolhiam as vítimas em estacionamentos de superfícies comerciais, geralmente condutores que aparentassem idade mais avançada.
“As vítimas, quando saiam dos seus veículos depois de estacionarem, eram abordadas pelos suspeitos, que as acusavam de terem batido nas suas viaturas enquanto faziam a manobra de estacionamento. Na sequência da conversa, os suspeitos simulavam chamadas telefónicas para oficinas, com falsos orçamentos de 300 a 400 euros, para o suposto arranjo da viatura, levando-as a entregar o dinheiro para colmatar os danos”, refere a GNR.
Na sequência da investigação foi dado cumprimento a 12 mandados de busca, seis domiciliárias e seis em veículos. No âmbito das buscas foram apreendidos sete veículos, cinco televisões, um anel e uma pulseira em ouro, 5770 euros em numerário e diversos documentos relacionados com a actividade ilícita.
Os detidos foram presentes na terça-feira ao Tribunal Judicial de Santarém, onde foi decretada prisão preventiva para dois dos suspeitos, tendo sido aplicada aos restantes a medida de coacção de apresentações periódicas em posto policial.
A acção contou com o reforço da Unidade de Intervenção (UI) e com o apoio da Polícia de Segurança Pública (PSP).
A GNR recorda que, “por norma, os burlões são homens e mulheres bem vestidos, bem-falantes, com voz calma e afável, com uma conversa convincente e cativante que levam as pessoas a fazer aquilo que não querem, apresentando-se como familiares, amigos de familiares ou funcionários de alguma empresa”.
Lembra igualmente que os burlões fazem-se passar por funcionários de várias empresas/instituições, nomeadamente, da Segurança Social, da EDP, de companhias de telecomunicações e funcionários da Câmara Municipal.
Por isso, a GNR aconselha os cidadãos, em especial a população mais idosa, a ligar imediatamente às autoridades se desconfiarem de alguma coisa, a não fornecer informações pessoais ou de conhecidos a pessoas estranhas e a não efectuar pagamentos de reparações que desconhece, nem seguir instruções de estranhos.
A GNR aconselha também os cidadãos a desconfiar de esquemas que ofereçam soluções fáceis, a não assinar documentos sem ter a certeza do seu conteúdo e a não confiar em pessoas estranhas, bem-falantes e cheios de boas intenções.