A colheita de sangue realizada, no dia 29 de Julho, pelo Grupo de Dadores de Sangue de Pernes, em parceria entre o Jornal Correio do Ribatejo e o Vitória Clube de Santarém revelou-se um sucesso. A iniciativa conseguiu a colheita de 35 dádivas, sendo que 16 delas foram novos dadores se deslocaram à sede do clube, em Santarém.

Numa altura em que as reservas de sangue nacionais estão em mínimos, a afluência de novos dadores de sangue torna-se essencial para colmatar a falta de sangue nos hospitais portugueses que desde os tempos da pandemia se bem debatendo com este problema.

Mário Gomes, presidente do Grupo de Dadores de Sangue de Pernes, considera que a iniciativa foi “espectacular pois apareceram muitos novos dadores que vem substituir os mais velhos que atingem o limite de idade para a dádiva de sangue”.

“Esta foi uma boa parceria com estas duas instituições que queremos repetir todos os anos. O local é muitíssimo bom e permite-nos ter as melhores condições para este tipo de evento”, revela.

“Para além dos novos dadores, tivemos muitos que só tinham dado sangue uma ou duas vezes que fizeram questão de marcar presença. Isso também ressalva que ficaram mais conscientes para dar mais vezes sangue nos próximos tempos”, assinala.

A iniciativa ficou ainda marcada pela homenagem a António Carregueira, dador que atingiu as 100 dádivas de sangue. O homem natural da Chamusca foi agraciado pelo Grupo de Dadores de Pernes com um diploma e medalha de honra alusiva à marca atingida e ainda uma gota de cristal oferecida pela FAS- Portugal (Federação das Associações de Dadores de Sangue).

António Carregueira

António Carregueira, que deu sangue quatro vezes por ano e até atingir a idade limite, sente “que cumpri a minha missão como dador”.

O centenário em dádivas de sangue considera que as iniciativas de colheita de sangue são extremamente necessárias e que sempre se sentiu “no dever de contribuir para que outros tenham uma vida melhor. Não custa nada. É só uma picada…”.

Pedro Silva, coordenador técnico do Vitória Clube de Santarém, foi um dos novos dadores presentes na colheita, que apesar de começar tarde nesta missão solidária sentiu que é um bem necessário para todos.

Pedro Silva

“Foi tranquilo e é necessário. Há situações que as vezes nos obrigam a pensar, e se os nossos precisam quer dizer que há mais gente a precisar”, assinala.

Depois da primeira experiência como dador, Pedro apelou à dádiva de sangue e deu o seu exemplo.

“Faça como eu, nunca é tarde para começar. O serviço é fabuloso, os funcionários são impecáveis. Venham que corre tudo bem…”, conclui.

No próximo dia 6 e todas as restantes sextas-feiras do mês de Agosto, entre as 15h00 e as 19h30, decorrem colheitas de sangue na Casa do Campino, em Santarém. Neste mês as reservas de sangue a nível nacional encontram-se sempre abaixo do indicado, pelo que o Instituto Português do Sangue e Transplantação apela ao grupos de dadores locais que reforcem as suas iniciativas.

A União de Freguesias de Casével e Vaqueiros e a paróquia de Casével, realiza também no próximo dia 8 de Agosto, uma recolha de sangue no salão de festas da freguesia com o objectivo de criar um grupo de dadores local.

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