O Comando Nacional da GNR anunciou que vai abrir um inquérito para averiguar a veracidade de notícias sobre o comandante de um posto do Comando de Santarém ter feito uma requisição de material para distribuir individualmente aos militares.
O Comando Nacional da Guarda afirma, em comunicado, que vai abrir um inquérito para “apurar as circunstâncias que determinaram a referida requisição, nos termos em que foi efectuada, designadamente o seu enquadramento, e o facto de o efectivo não necessitar de comprar/adquirir material operacional individual para o desempenho da missão”.
O comando-geral quer também apurar “a existência de anteriores requisições com pedidos do mesmo tipo de material e equipamento, bem como se anteriormente foi manifestada essa necessidade junto da hierarquia” e averiguar a “forma como a mesma [requisição], sendo um documento institucional, foi difundida externamente para as redes sociais e para os órgãos de comunicação social”.
A questão da requisição de material foi levantada pelos diários Jornal de Notícias e Correio da Manhã que referem que o comandante do posto de Torres Novas enviou um ofício ao Comando da GNR de Santarém a requisitar material em falta, incluindo lanternas, algemas, luvas tácticas, gás pimenta e coletes balísticos.
No comunicado divulgado, o Comando da GNR “esclarece que a lista a que alude a requisição em apreço não representa as necessidades operacionais do posto em causa, considerando que integra materiais ou equipamentos que se entende não serem fundamentais para o serviço diário do patrulheiro (a exemplo: facas tácticas, alicates tácticos, luvas tácticas, ou malotes de transporte de expediente)”.
De acordo com o comunicado, a requisição em causa inclui também “materiais ou equipamentos cujas quantidades existentes são consideradas suficientes para as necessidades do posto”, como é o caso de “bastões de borracha, coletes retrorreflectores e fatos de chuva”.
“Além disso, importa realçar que o investimento em materiais e equipamentos individuais para os militares tem vindo a constituir uma prioridade do Comando da Guarda, no sentido de serem asseguradas as adequadas condições para o desempenho da actividade policial”, conclui a nota.
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