A pandemia provocada pelo coronavírus terá um enorme impacto económico, como já todos sabemos. Estamos a falar de uma crise económica sem precedentes, de um autêntico tsunami económico, citando palavras do primeiro-ministro António Costa. Tempos excecionais obrigaram a medidas excecionais e, obviamente que perante uma tempestade, não existe forma de impedir as suas fortes consequências.
Para salvaguardar a saúde – prioridade máxima – o país teve que se submeter ao confinamento e agora assiste-se à reabertura gradual da economia, com redobrada cautela e respeitando-se novas e apertadas regras. Os dados da comissão europeia e do FMI falam em quedas do produto interno bruto de entre 6 e 8 % no ano.
As respostas necessárias tiveram que surgir neste tempo para todos conturbado. Medidas, por exemplo, como os mais de 6 mil mihões de euros em empréstimos e o lay off simplificado serviram para que a economia não parasse, um objectivo que foi conseguido. Estas medidas e outras estão, naturalmente, em constante análise, para garantir que ninguém fique, injustamente de fora, e também como forma de gerir os naturais recursos escassos.
Entramos, a partir de 18 de maio, na fase em que o desconfinamento será cada vez mais gradual. É preciso, nesta etapa, confiança e combater o medo. Todos devem a apoiar a produção nacional, comprando os nossos produtos.
Sabemos ainda que setores como a hotelaria e restauração estão entre os mais afetados, sendo importante voltar a investir nos mesmos. Num tempo em que se assiste a uma “nova normalidade” os portugueses devem também dar um sinal de esperança a quem continua resiliente no mercado, de portas abertas e, muitas vezes, fazendo sacrifícios para manter o seu negócio ativo, evitando aumentar os números do desemprego.
A palavra chave para superar este grande desafio económico penso que seja mesmo confiança. É importante restaurar a confiança para que a retoma económica, mais do que uma visão, seja uma realidade. Todos pudemos contribuir para que tal seja possível.
Hugo Costa – Deputado do PS eleito por Santarém