O município de Coruche exige a reabertura do Serviço de Atendimento Permanente no período nocturno, alertando para as carências de cuidados de saúde de uma população “muito idosa”, reivindicação que levou o PCP a questionar o Governo no parlamento.

O deputado do PCP eleito por Santarém, António Filipe, entregou terça-feira, no parlamento, uma pergunta ao Governo sobre a reabertura nocturna do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Coruche, lembrando a distância e as dificuldades de deslocação das populações até ao Hospital de Santarém, dando eco a uma moção aprovada, por unanimidade, pela Câmara Municipal.

O deputado questionou a ministra da Saúde sobre quando se prevê a reabertura do SAP de Coruche entre as 20:00 e as 08:00, lembrando que, antes da situação pandémica, este serviço funcionava 24 horas por dia.

“Esta situação, se era justificável em face do esforço adicional que foi imposto aos profissionais de saúde, designadamente com o processo de vacinação, não deixou de se traduzir em maiores dificuldades para as populações de Coruche no acesso a cuidados de saúde”, afirma o deputado.

A reabertura do SAP no período nocturno foi reivindicada numa moção aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal de Coruche no passado dia 27 de Outubro, tendo o presidente do município dito hoje à Lusa que tem havido grande pressão das populações, tendo em conta a distância a que se encontra o Hospital Distrital de Santarém (HDS), único recurso em caso de necessidade de assistência médica durante a noite.

Sublinhando que a sede do concelho dista 40 quilómetros do HDS, distância que, para algumas freguesias, é de 60 quilómetros, Francisco Oliveira realçou o facto de este concelho ter muita população idosa e “muito carente de cuidados de saúde primários”.

Segundo o autarca, se foi compreensível o encerramento do serviço no início da pandemia da covid-19, devido à necessidade de direccionar os profissionais, primeiro, para a identificação e testagem e, depois, para a vacinação, essa situação já não se coloca, sobretudo tendo em conta que a vacinação no concelho é superior à média nacional.

Lembrando que se está a entrar na época das gripes, propensa a mais patologias, Francisco Oliveira frisou que a população se sente “desprotegida”, estando a pressionar a autarquia.

Para o autarca, o argumento da falta de recursos humanos não é aceitável, já que o SAP funcionava através de prestadores de serviços externos, situação que, defendeu, poderá continuar a acontecer.

“Queremos é que o serviço reabra”, declarou.

Francisco Oliveira disse que, até ao momento, não teve qualquer resposta à missiva enviada aos vários órgãos do Serviço Nacional de Saúde.

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