A associação de defesa do consumidor Deco está a alertar para a circulação de esquemas fraudulentos como promessas de cura da Covid-19, aplicações que seguem a evolução da pandemia e campanhas de vacinação pagas pelo Serviço Nacional de Saúde.
A Deco adverte, em comunicado, que em plena crise de saúde pública e de fragilidade social, a vulnerabilidade dos cidadãos é um terreno fértil para esquemas fraudulentos, muitas vezes publicitados através de mensagens e aconselha que a atitude certa a tomar é primeiro desconfiar.
Entre os esquemas utilizados pelos burlões estão aplicações que acompanham a evolução da pandemia e as com curas milagrosas para a doença Covid-19, sendo que o objectivo é aceder aos dados pessoais dos cidadãos, podendo dar origem ao bloqueio do telemóvel e a exigência de dinheiro para recuperar o acesso.
Segundo a defesa do consumidor, os autores destes estratagemas aproveitam-se do facto de muitas empresas e organismos do Estado comunicarem com os utentes e consumidores, para tentarem espalhar mensagens fraudulentas no meio de outras emitidas por fontes fidedignas.
“Usam as comunicações oficiais e fazem réplicas para esquemas de campanhas de angariação de fundos para combate à doença, testes de despiste da Covid-19, plataformas de informação sobre evolução da pandemia e campanhas de vacinação comparticipadas pelo SNS”, alerta a Deco.
Muitos dos esquemas chegam por e-mail outros por ‘WhatsApp’ ou por SMS e a Deco aconselha uma leitura atenta do texto para verificar se tem erros ortográficos ou incoerências gramaticais e não clicar em ‘links’.
“Há já denúncias de exigências de pagamentos em ‘bitcoins’ como moeda de troca para desbloquear o telemóvel. Não pague o regaste, porque é pouco provável que recupere o acesso”, aconselha a entidade.
“Ainda não há cura para a Covid-19. Confie apenas em comunicações de organismos oficiais, como a Direção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde. Desconfie se lhe oferecerem máscaras, gel desinfectante ou até papel higiénico”, reforça a Deco.
Atualmente, grande parte dos portugueses está a trabalhar em casa para evitar o contágio de infecção pelo novo coronavírus, e as ligações doméstica à internet são menos seguras do que as empresariais pelo que a Deco recomenda a não utilização de redes wi-fi públicas, optando por um cabo de rede.
O Centro Nacional de Cibersegurança já alertou sobre um ciberataque contra smartphones Android, que bloqueia o acesso aos mesmos.
Estes e outros conselhos estão disponíveis na página na internet da Deco Proteste.