Foto: CIM Médio Tejo

A Assembleia Intermunicipal do Médio Tejo reuniu a 11 de Dezembro, na sua sede em Tomar e aprovou, por unanimidade, o Plano e Orçamento para 2026 da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIM Médio Tejo)

Para além da apresentação, discussão e votação deste documento estratégico, a sessão da Assembleia contou com a tomada de posse dos deputados dos diferentes
quadrantes políticos dos onze municípios do Médio Tejo, para o mandato 2025-2029.

Na ocasião, que contou com 33 deputados presentes, foi votada e aprovada, por maioria, com 32 votos a favor e 1 voto em branco, a mesa da Assembleia
Intermunicipal, presidida por Ana Vieira (PSD – Ourém), Isabel Costa (PS – Constância) como vice-presidente e João Figueiredo (Chega – Entroncamento) na qualidade de secretário.

De seguida, procedeu-se à votação e aprovação por maioria, com 31 votos a favor e 2 votos em branco, do secretariado executivo intermunicipal assegurado por Miguel Pombeiro, na qualidade de primeiro secretário executivo e Jorge Simões, como secretário intermunicipal desta CIM.

Documento estratégico foi apresentado aos deputados intermunicipais

O orçamento da CIM do Médio Tejo, que ascende a mais de 25 milhões de euros, foi aprovado por unanimidade na sessão da Assembleia Intermunicipal.

Para Manuel Jorge Valamatos, presidente da CIM Médio Tejo, “este é um orçamento que projeta para 2026 uma região mais competitiva, resiliente e sustentável, com forte aposta na inovação, educação, mobilidade, turismo, cooperação internacional e proteção do território”.

“O Médio Tejo afirma-se como região consolidada no desenvolvimento intermunicipal no nosso país,” vincou o presidente.

Áreas preponderantes

Mobilidade no Médio Tejo

A mobilidade assume particular relevância no orçamento e na estratégia da CIM Médio Tejo para 2026, refletindo “o compromisso desta CIM com um sistema de
deslocações mais eficientes, inclusivas e ambientalmente responsáveis”, refere CIM Médio Tejo em nota informativa enviada à redação do Correio do Ribatejo.

Neste âmbito, destaca-se a continuada aposta e melhoria no serviço de Transporte a Pedido, que se assume como uma solução para as populações em territórios de
menor densidade, “reforçando a ligação dos cidadãos aos serviços essenciais”, garante.

O meioE – Transporte a Pedido, que aposta em frotas elétricas, continuará a crescer na região. Como também, o serviço LINK, que assegura ligações entre as cidades e sedes de concelho da região, todos os dias da semana, será cada vez mais adaptado às necessidades reais dos utilizadores.

Para o próximo ano, está prevista a criação do Passe Mensal LINK, que responde a quem utiliza estes serviços com frequência, e com a integração bilhética entre o
Transporte a Pedido e o serviço regular MEIO. Paralelamente, será concretizada a desmaterialização dos pagamentos, que deixará de depender exclusivamente de
numerário a bordo.

A rede intermunicipal de bicicletas elétricas meioB será reforçada e expandida para o concelho de Sardoal, permitindo aumentar a cobertura territorial e a disponibilidade de bicicletas, promovendo a mobilidade sustentável como alternativa real ao automóvel. Simultaneamente, serão desenvolvidos novos percursos cicláveis intermunicipais.

Por último, na área da mobilidade, a CIM Médio Tejo na qualidade de Autoridade Intermunicipal de Transportes para os seus 11 municípios, Sertã e Vila de Rei,
continuará a gerir a concessão da rede de transportes MEIO.

Catalisador Regional para a Inovação e Crescimento do Médio Tejo e Habitação a Custos Acessíveis

No domínio da inovação e do desenvolvimento económico, a CIM Médio Tejo dá continuidade ao trabalho do CR Inove, promovendo processos de descoberta
empreendedora, redes colaborativas e a dinamização das cadeias de valor que estruturam a economia regional, com ações orientadas para a competitividade das empresas, a internacionalização e a criação de ambientes favoráveis ao investimento.

A par destas iniciativas, mantém-se a execução dos acordos para Habitação a Custos Acessíveis, que irão permitir a construção e reabilitação de mais de mil habitações, assegurando “uma resposta ajustada às necessidades das famílias e contribuindo para a fixação de população”, afirma.

“Educação de Excelência” no Médio Tejo

A educação mantém-se como “eixo estratégico fundamental”, com a implementação continuada do PEDIME – Plano Estratégico de Desenvolvimento Intermunicipal da Educação, que estrutura programas de promoção do sucesso educativo, literacia científica, cultura, orientação vocacional e acesso equitativo a oportunidades
educativas.

Estes programas, desenhados em articulação com escolas, municípios e entidades parceiras, consolidam o Médio Tejo como “território comprometido com
resultados educativos de excelência” e com a “valorização integral de crianças e jovens”, sublinha.

Parcerias Internacionais

O Médio Tejo reforça também a sua afirmação internacional através de parcerias europeias e programas centralizados da União Europeia, que abrangem áreas como
a retenção de talento, o hidrogénio verde, a valorização do património, a literacia digital, a juventude, o desporto e a cidadania ativa.

Projetos como o REWARD, UNLOCK, HITTS, RESIST, TELL, Public L-AI-braries, Circular Pedro, MyPolis ou All Crete Blue Green, entre outros, consolidam a presença da região em redes internacionais de cooperação e inovação, ampliando o impacto das políticas regionais e “enriquecendo o trabalho desenvolvido localmente”, realça.

Afirmação Territorial do Médio Tejo

A afirmação territorial prossegue com a implementação dos Produtos Turísticos Integrados do Médio Tejo 2030, que estruturam o turismo religioso, cultural e criativo, e com o projeto Castelo de Bode 365, que combate a sazonalidade e promove o Lago de Castelo do Bode como “destino de excelência”.

Esta estratégia articula-se com as parcerias PROVERE, valorizando recursos naturais, culturais e patrimoniais de elevado potencial.

Gestão Integrada de Proteção Civil e Florestas no Médio Tejo

Na proteção civil e gestão florestal, a CIM Médio Tejo mantém o investimento nas brigadas de sapadores florestais, sistemas de videovigilância, equipamentos
intermunicipais, combate à vespa velutina e ações de prevenção e resiliência. A operacionalização da Estratégia Sub-regional de Gestão Integrada de Fogos Rurais
continuará a reforçar a capacidade de resposta e coordenação entre municípios, autoridades e agentes de proteção civil.

No combate às alterações climáticas, a CIM Médio Tejo prossegue com ações de gestão de combustível, reflorestação sustentável e desenvolvimento de projetos
europeus que promovem a adaptação climática, a resiliência do território e a proteção das populações.

Smart Region | Território Inteligente

No âmbito da transição digital e da modernização administrativa, será implementado o projeto das Plataformas de Gestão Urbana, que permitirá integrar dados do território e apoiar decisões mais eficientes na gestão pública local, promovendo uma verdadeira “região inteligente”.

Esta aposta complementa a estratégia nacional e regional de transformação digital aplicada a setores como mobilidade e a proteção civil.

Social

Por último, a CIM Médio Tejo mantém ativa a Estratégia Intermunicipal de Igualdade e de Combate à Violência Doméstica, assegurando um trabalho articulado entre estruturas municipais, forças de segurança e organizações de intervenção social, com foco na prevenção e proteção de vítimas.

Ao longo de 2026, a CIM Médio Tejo pretende continuar “a monitorizar e operacionalizar” a Estratégia 2030, garantindo “o acompanhamento rigoroso de metas
e investimentos, o cumprimento de indicadores e o alinhamento com os programas de financiamento nacionais e europeus”, assegura.

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